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Milho e Soja

México possui 64 variedades nativas de milho

A maior diversidade de milho é mexicana, com 64 variedades no país, das 220 existentes na América Latina.

Nenhum país do mundo é tão social, economicamente e culturalmente ligado ao milho quanto o México. Praticamente toda cultura pré-hispânica tem mitos associados ao milho. Os antigos mexicanos estavam muito gratos, sabiam da importância desse cereal para seu sustento e nutrição, e o honraram de muitas maneiras. Essa gratidão foi mais do que merecida pelo milho: você sabia que a simples mistura de milho, feijão e abóbora fornece os elementos necessários para levar uma vida saudável?  Ou que até 250 mil habitantes de Tenochtitlán eram saudáveis ​​basicamente de milho e nopal?

Para classificar as variações de milho  que foram acrescentando depois da domesticação do Teosinto (lembre-se que o milho não existe como tal na natureza, mas sim derivado da domesticação desta grama) têm diversos grupos de variedades (cada nomeação com diferentes características fenotípicas).

Na América Latina relataram quase 220 variedades de milho (Goodman e McK. Pássaros. 1977), dos quais 64 (29%) têm sido identificados como mexicano (Anderson 1946, Welhausen et. Al. , 1952, Hernandez e Alanis 1970 Ortega 1986, Sánchez 1989, Sánchez et al. 2000).

Em nenhum outro país a variedade de milho é tão grande quanto no México. Em um estudo realizado aqui, em 1943, pela Fundação Rockefeller , constatou-se, por exemplo, que existem raças primitivas em outros países como o Peru. No entanto, lá eles são relíquias, enquanto no México continuam a ser usados ​​na vida cotidiana.

A grande diversidade de raças de acordo com este estudo é principalmente devido a estas três razões:

  • No México, as raças primitivas continuam a existir.
  • Em diferentes épocas da história, variedades exóticas de países do sul foram registradas.
  • O Teosinto (do qual o milho é originário), também foi misturado naturalmente (pela polinização).

Deve-se notar que cada raça pode incluir numerosas variantes diferenciadas em formas de orelha, textura de cor e grão, adaptações e diversidade genética.

De acordo com um estudo da CONABIO “Das 64 raças registradas para o México, 59 podem ser consideradas nativas e 5 que foram inicialmente descritas em outras regiões (Cubano Amarillo, Caribe e quatro raças da Guatemala – Tel Tel Altura, Serrano, Negro de Chimaltenango e Quicheño), mas que também foram coletados ou reportados no país”.

A cada dia, a variedade de milho aumenta, primeiro pela polinização natural, e também porque é uma prática milenar que os agricultores, ano após ano, mantêm, trocam e experimentam suas próprias sementes ou outros vizinhos de regiões iguais ou distantes.

O mexicano desde os tempos antigos experimentou o milho. De certa forma, sempre fez biotecnologia, embora não se pudesse falar de transgênicos como o que está sendo procurado atualmente por grandes corporações, uma vez que genes de espécies alheias a essas famílias nunca foram injetados.

FONTE: Ana Paula de la Torre Diaz

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