Responsável por uma queda significativa na produtividade e no desempenho do rebanho, a podridão dos cascos é uma infecção necrótica causada pelas bactérias Fusobacterium necrophorum e o Bacteroides melaninogenicus.
A afecção do casco é um grave problema enfrentado pelos pecuaristas brasileiros, pois gera dor extrema e um grande desconforto ao animal que pode começar a mancar. Dados apontam que a incidência média no gado de corte é de 5 a 20%, ao ano, e no gado leiteiro de 15% a 35%. Neste último, ocorre uma queda na produção de leite de pelo menos 12%.
É comprovado que os bovinos que sofrem com a podridão do casco, também chamada de pododermatite, apresentam redução importante na produção de leite, perda de peso e dificuldade em demonstrar cio. Preparamos este artigo sobre a podridão dos cascos com informações sobre como acontece a contaminação e como tratar. Acompanhe.
Quais são as causas da podridão dos cascos?
Uma das principais causas do surgimento da infecção é a higiene ou, melhor, a falta dela. Ambientes sujos e úmidos são os preferidos pelas bactérias que acometem os cascos. Lama e esterco também favorecem a podridão, pois além de amolecer o casco pela umidade formam um ambiente anaeróbico, ou seja, praticamente sem a presença de oxigênio, ideal para a proliferação das bactérias e dos organismos infecciosos.
Um sinal claro da presença da afecção do casco no gado é a claudicação (manqueira).
Por causa da dor, o animal começa a mancar e nos casos mais graves e avançados, os animais chegam a ajoelhar para pastar ou ficam deitados, permanentemente, sem conseguir levantar. Devemos ficar alertas a qualquer sinal dessa doença no rebanho. Medidas devem ser tomadas com rapidez e em conjunto com um médico veterinário que irá realizar o diagnóstico e o tratamento adequados desses animais.
Como tratar a podridão dos cascos?
A observação atenta de quem está no dia a dia com os animais no campo possibilita um diagnóstico precoce e uma ação rápida na contenção da infestação diminuindo a ocorrência de casos graves no rebanho. Dessa forma, é possível evitar gastos não previstos e perdas na produtividade. O casqueamento dos animais é um procedimento recomendado que pode servir tanto como preventivo ou para tratar os animais que já apresentam algum problema nos cascos.
É recomendado começar a casquear primeiro os animais sadios para depois realizar o procedimento nos doentes. Estes devem ser isolados do restante do rebanho, o material utilizado deve ser desinfetado e os resíduos de casco devem ser queimados. As bactérias que causam esse tipo de infecção sobrevivem cerca de três semanas no pasto, por isso a importância de se isolar os animais infectados, já que são eles os principais responsáveis por manter a contaminação do ambiente.
No tratamento da podridão dos cascos, o uso de antimicrobianos também é indicado. A Bimeda oferece como opção para tratamento o produto Solucef, antibiótico injetável à base de Ceftiofur 5 %, que apresenta amplo espectro de ação, pronto para o uso e com descarte zero de leite.
Para evitar a presença da podridão dos cascos e combater infestações, é importante adotar um programa de controle que inclua a minimização das causas, adotando práticas adequadas de manejo, higienização do ambiente, diagnóstico precoce e tratamento adequado. Assim, é possível otimizar o desempenho produtivo e melhorar os resultados econômicos.
FONTE: Blog Bimeda