EQUIPE ATLANTICA COFFEE
[Relatório Semanal – 04 a 08/11/2024]
Somos uma Trading Company do Grupo Montesanto Tavares, o maior grupo de café do Brasil
que atua em todas as etapas da cadeia cafeeira, desde a
produção dos cafés até a comercialização dos blends no exterior.
As empresas do GMT (Atlantica Coffee, Ally Coffee, Cafebras,
Armazéns Gerais Leste de Minas) estão localizadas na América do Sul,
Europa, América do Norte e atuam em todos os continentes.
www.atlanticacoffee.com/blog
KCNY e câmbio
As cotações do café na bolsa de Nova York encerram mais uma semana de muita volatilidade. Com o vencimento das opções contra dezembro/24 nesta sexta-feira (08) muitos fundos ajustaram suas posições e agitaram o mercado, buscando realização de resultados; além disso, a aproximação do início do período de entrega do mesmo vencimento no próximo dia 20 faz com que as rolagens Z4xH5 se intensifiquem.
Encerrando a semana com 53.296 lotes em aberto, versus 84 mil lotes no próximo vencimento março/25, o vencimento dezembro/24 registrou a mínima na segunda-feira (04), sendo cotado a 242,10 centavos de dólar por libra peso, enquanto a máxima foi registrada na quinta-feira (07), 261,40. Nesta sexta-feira o mercado perdeu parte dos ganhos do dia anterior, mas, mesmo assim, encerra a semana em alta, cotado a 253,35, totalizando 1930 pontos de oscilação.
O clima no mercado ainda é de incerteza quanto a oferta x demanda global: o Brasil, como maior produtor de arábica, vem apresentando cada mês maiores números de exportação. De janeiro a setembro/24 foram exportadas 36,4 milhões de sacas de 60kg, enquanto em igual período do ano anterior (2023) foram exportadas 27,8 milhões de sacas, representando um aumento de 8,6 milhões de sacas de um ano para o outro.
Na próxima semana deverão ser divulgados os dados do Cecafé quanto às exportações de outubro/24, que tendem a superar os números de outubro/23. Outro fator que colabora para o cenário incerto são as chuvas no Vietnam, maior produtor de robusta, que atualmente está em período de colheita, fato que adiciona uma preocupação a mais para os players. Enquanto isso, as chuvas no Brasil e o impacto nas floradas para a safra 25/26 são acompanhados de perto.
No âmbito cambial, as cotações do dólar estiveram entre R$5,862 e R$5,634 em uma semana repleta de acontecimentos, expectativas e incertezas. No início da semana, o evento mais esperado era o resultado da Eleição Americana, porém, as incertezas fiscais brasileiras ainda agitavam as negociações, provocando então, uma mobilização do governo brasileiro para acalmar os ânimos do mercado, cancelando as viagens e priorizando os desafios internos.
O mercado precisa ver maneiras efetivas que comprovem o real desenvolvimento e cumprimento do Arcabouço Fiscal e a estabilização da Dívida Pública. E em meio a isso, Fernando Haddad deu a declaração de que as conversas sobre o corte de gastos estão avançadas no ponto de vista técnico.
A vitória de Donald Trump para a presidência americana faz com que algumas tendências inflacionárias venham à tona, com a tendência de juros americanos mais altos por um tempo maior e, consequentemente, tornando o dólar mais forte. Nesta quarta-feira (6) o COPOM anunciou o aumento de 0,5 da taxa SELIC, indo a 11,25%, no dia seguinte o FED anunciou nova redução da taxa de juros americana em 0,25 pontos percentuais.
A Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC) divulgou nesta sexta-feira (08) o relatório com posicionamento de Traders no mercado, referente à semana encerrada na terça (05), onde os fundos reduziram sua posição comprada em 907 contratos, totalizando 37.158 lotes long.
Os estoques certificados encerraram essa sexta-feira (08) totalizando 852.638 sacas de 60kgs, com 117.767 sacas pendentes de aprovação, destas 104.458 são de origem brasileira. Há um ano os estoques totalizavam 310.501 sacas, representando um aumento de 542.137 sacas no período.
Dezembro/24: Mín: 242,10 | Máx: 261,40 | Último: 253,35
BRL/USD: Mín: 5,634| Máx: 5,862 | Último: 5,76
*Dados até a finalização deste relatório
CLIMA
A frente fria que chega nesta sexta-feira na região Sudeste deverá causar fortes chuvas nos próximos dias em todas as regiões cafeeiras. As chuvas entre sexta-feira e domingo poderão ser acompanhadas de raios, rajadas de ventos e granizos. As regiões com maior potencial de ocorrência de temporais são: Sul de Minas, Mogiana, Cerrado e Zona da Mata.
Previsão de chuvas para a semana:
Região Sul de Minas: entre 130 e 150 mm.
Região Zona da Mata: entre 130 e 150 mm.
Região do Cerrado: entre 100 e 120 mm.
Região Alta Mogiana: entre 90 e 120 mm.
Região do Garça: entre 60 e 80 mm.
MERCADO DOMÉSTICO E FOB
Com tanta volatilidade nas cotações em Nova York e no dólar, a semana teve pouco movimento no mercado interno, com compradores realizando negócios somente conforme necessidade. Vendedores seguem tranquilos para as negociações, sem muita intenção de abaixar suas bases buscando melhores preços, enquanto os compradores não conseguem acompanhar essas mesmas bases devido aos seus livros de venda, de forma que a diferença de preço entre as partes está completamente fora de sincronia.
No mercado FOB, pouco movimento foi reportado ao longo da semana. Com a elevação das bases de reposição, os diferenciais fecharam um pouco, deixando o mercado com pouca atividade. Para as cotações de Rio Minas, também houve poucos negócios reportados, visto que os diferenciais se mantiveram ao longo da semana, tornando os preços em dólar altos para os potenciais compradores, que aguardam uma melhora.
No mercado interno, as pedidas dos vendedores são como abaixo:
- Bebida dura bica good cup na casa de R$1.580,00;
- Bebida dura bica fine cup foi cotado até R$1.650,00;
- Rio Minas bica corrida na casa de R$1.310,00;
- 600 defeitos ficou na casa de R$1.410,00, com pedidas até R$1.450,00 nos momentos de alta em NY ICE.
LOGÍSTICA
Quase 3.000 sacas não foram embarcadas essa semana por falta de container ou atraso na liberação. Depots alegam defasagem no recebimento de importação e necessidade de up grade. A situação dos portos também segue crítica, com muita restrição operacional, que tem resultado em atrasos de atracação e operação dos navios, cortes de carga e até a omissão de escalas.
- A disputa trabalhista nos portos da Colúmbia Britânica continua afetando as exportações no principal porto canadense em Vancouver, com greve parcial bloqueando 40% do tráfego de contêineres no Porto de Montreal. O impasse, que preocupa indústrias e governos provinciais, não mostra sinais de resolução. (Fonte: Notícias Agrícolas)
- Os portos públicos brasileiros registraram um recorde de 128,73 milhões de toneladas no terceiro trimestre de 2024, aumento de 5,42% segundo a Antaq. Santos liderou com 37,44 milhões de toneladas, seguido por Itaguaí (17,31 milhões) e Paranaguá (16,44 milhões). No acumulado, houve leve queda de 0,28% em relação a 2023. (Fonte: Portos e Navios)