O café apresentado pela jovem Luana Augusto Sodré de Paula foi o segundo mais bem pago no leilão promovido pela BSCA em Alto Caparaó (MG), dentro da programação do “BSCA Micro Region Showcase”. O valor pago a 20 Kg foi de R$ 8.600, que, convertido para a saca, ficaria em mais de R$ 26 mil. Luana ajuda a mãe na produção do café especial Sítio Café da Lala, em Alto Jequitibá (MG) desde 2016 e é assistida pelo programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG Café) do Sistema FAEMG / SENAR Minas.
“Fiquei muito feliz só de entrar para a final. No dia do leilão contávamos com o valor mínimo. Foi muito gratificante saber que meu café foi um dos melhores. Eu não esperava. Esse café foi da flor de março, colhido na época da chuva”, contou a produtora da região das Matas de Minas.
Segundo Luana, o valor pago no leilão foi superior ao preço de uma saca de café commodity de 2018. “Isso me impressiona e me deixa mais insistente em trabalhar com café especial. O café especial vale o esforço, carinho e atenção. Minha mãe, mais do que eu, ama esse mundo e estamos muito felizes. Sem ela, eu não conseguiria entregar o café a tempo”, destacou.
A produtora Maria Aparecida Silva dos Reis, do Sítio Água Limpa, também de Alto Jequitibá (MG), também representou o café produzido pela família, que vendeu 20 Kg por R$ 8 mil a saca.
“Estamos no café desde 2011 e no café especial, desde 2016. Nos dá muita satisfação saber que nosso trabalho está valendo a pena. Ficamos satisfeitos com o valor pago, maior do que ganharíamos no mercado. Isso nos indica que estamos no caminho certo. Vamos continuar trabalhando para realizar nossos sonhos”, disse o casal.
O evento integra o projeto “Brazil. The Coffee Nation” que tem como foco a promoção comercial dos cafés especiais brasileiros no mercado externo. Além do leilão, com participação de compradores internacionais e nacionais, houve palestras, encontros com compradores e visitas a propriedades.
MOTIVAÇÃO
Luana e a sua mãe Josimar, conhecida como Lala, recebem o acompanhamento da técnica Jéssica Carmo. Para a profissional, é gratificante ver que os produtores acreditam no potencial de qualidade dos seus cafés. “Quando esse potencial é reconhecido, com certeza leva motivação tanto para o produtor quanto para nós técnicos seguirmos fortes no trabalho da ATeG, sempre buscando melhorias contínuas na produtividade e na qualidade”, acrescentou.
Já o técnico Sebastião Vinícius Brinate atua junto à família de Maria Aparecida. Segundo ele, há cerca de três anos que os cafeicultores vêm negociando muito bem a safra de cafés especiais, com valores acima dos pagos tradicionalmente no mercado.
“Para além do leilão, eles têm tido bastante êxito na comercialização nos últimos anos. E nós vibramos junto porque sabemos da dificuldade que eles têm de produzir um café com valor agregado maior sem saber se vão conseguir vender com esse valor, sem saber qual preço. Eles têm determinação, força de vontade e o sonho de conseguir algo melhor”.
FONTE: Nathalie Guimarães – Assessoria de Comunicação Senar Minas – Regional Viçosa