MARCUS VINÍCIUS C. PALERMO FALLEIROS
Vice-Presidente da APROSOJA/SP e Diretor da Sociedade Rural Brasileira.
Se conhece o verdadeiro homem da terra pelo aperto de mão: ela é grossa, dura, calejada. O corpo todo é calejado; pelo granizo, a geada, a seca, a praga e as oscilações do mercado, mas ele ama a terra, de onde retira o alimento de sua família e das famílias brasileiras e estrangeiras.
Muito se fala do agro brasileiro, que sim, de fato é uma grande potência, mais imponente vitrine de nosso Brasil, porém não podemos nos esquecer daquele indivíduo que está por trás de todo o sucesso do setor: o produtor rural. É ele que, diante de todas as adversidades e dificuldades, inerentes a qualquer exploração mercantil, acentuadas por sua atividade ser uma indústria a céu aberto e com o agravante de São Pedro não possuir Whatsapp ou Telegram, produz com dedicação, competência e amor o “pão nosso” de cada dia e muito mais.
Certa vez ouvi de uma importante liderança do setor no Estado de São Paulo que não há missão mais nobre do que semear a terra, arrancar d’ela o produto e alimentar pessoas a custos acessíveis. Se hoje a produção agropecuária de nosso país alimenta quase um bilhão e trezentos milhões de bocas globo afora, é pela persistência, garra e vocação de nossos produtores rurais e pelo avanço tecnológico do setor. Sem dúvida, há mais tecnologia em um grão de soja do que em um automóvel de última geração ou até mesmo do que em um Boeing.
Ao andar pelos rincões de nosso país vemos de fato as marcas benéficas deixadas pela locomotiva da agropecuária: desenvolvimento econômico, social, humano e civilizacional. Comandantes desse processo são os produtores rurais, que fazem da terra uma vocação e do seu labor, um sacerdócio.