De 29 de abril a 3 de maio, a Coordenadoria de Desenvolvimento Rural Sustentável (CDRS), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, estará presente, em Ribeirão Preto (SP), na maior feira de tecnologia agrícola do Brasil: a Agrishow.
Um dos principais estandes da AGRISHOW foi e será sempre o da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Ponto de referência dos agricultores e pecuaristas de todo o Estado de São Paulo, neste ano o local trará muitas novidades.
Maquete Cidadania no Campo
Neste ano, diversas novidades serão apresentadas aos visitantes. Um novo projeto da Secretaria de Agricultura para os próximos anos, o “Programa Cidadania no Campo 2030” terá suas ações apresentadas por meio de uma maquete, de 15x15m, onde será possível visualizar as vertentes principais do Programa:
- Infraestrutura no Campo;
- Produção, Distribuição & Consumo Sustentável;
- Agro SP Sustentável;
- Inovação, Empreendedorismo e Fomento; e
- Saudabilidade e Segurança dos Alimentos.
Estarão demonstradas na maquete as principais cadeias produtivas do Estado de São Paulo como aquicultura, bovinoculturas de leite e corte, fruticultura, olericultura, cafeicultura e heveicultura. Técnicos da CDRS explicarão aos visitantes a importância das Boas Práticas Agropecuárias e da conservação dos recursos naturais, entre outros temas.
Horta orgânica diversificada
Mais uma novidade será apresentada pela Secretaria de Agricultura neste ano: uma horta orgânica diversificada, cultivada em vasos, em formato de uma mandala.
Nessa horta, serão mostradas 16 variedades de hortaliças, sendo nove delas convencionais, (mais conhecidas pela população, tais como alface, rúcula, acelga, entre outras) e, constituindo a maior novidade, sete espécies de hortaliças não convencionais, também conhecidas como PANC – Plantas Alimentícias Não Convencionais, tais como taioba, vinagreira, ora pro nobis, “peixinho da horta”, entre outras plantas pouco conhecidas por grande parte da população, mas que representam um grande e valioso potencial para a nossa alimentação.
As hortaliças, plantadas com composto orgânico, mostram que é possível montar uma horta diversificada em pequenos espaços, como no quintal de casa, em vasos ou jardineiras. A equipe da Secretaria de Agricultura estará a postos para oferecer informações técnicas sobre plantio e preparo dessas hortaliças e para incentivar a alimentação saudável. Os alimentos orgânicos são produzidos sem adubos químicos ou defensivos agrícolas, preservando assim a saúde humana e a do solo.
Florestas multifuncionais
Outra ação inédita apresentada pela CDRS, em parceria com a Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente, é o conceito de florestas multifuncionais, que vem sendo trabalhado pelo governo do Estado de São Paulo como uma alternativa de uso econômico da propriedade rural pois, simultaneamente, promove sua adequação ambiental e proporciona o incremento dos serviços ambientais, alinhada com a Política Estadual de Mudanças Climáticas.
Esse conceito parte da constatação de que há um potencial de implantação dessas florestas manejadas em áreas rurais deprimidas economicamente, onde se verifica a ocorrência de pastagens degradadas, ou onde o plantio da cana não pode ser mecanizado. Esse trabalho vem se dando por meio da execução de projetos demonstrativos que financiam a implantação, em propriedade rurais, de sistemas agroflorestais e de modelos de restauração de Reserva Legal, que têm demonstrado a viabilidade e o potencial ambiental e econômico dessa forma de produção.
Na Feira, essa experiência será mostrada por meio de uma “maquete natural” que reproduz uma floresta multifuncional. Nessa maquete poderá ser observada a escolha das espécies e a organização do plantio para a exploração de produtos madeireiros e não madeireiros; a estratificação e a diversidade existentes nas áreas destinadas à conservação da biodiversidade e ao fornecimento de serviços ambientais de importância fundamental na propriedade rural, tais como produção e conservação de água, aumento da resiliência às pragas e o incremento da polinização.
Exposição de abelhas sem ferrão
Um espaço que precisa ser visitado é o da meliponicultura! Haverá exposição de algumas colônias das principais abelhas nativas sem ferrão ocorrentes no Estado de São Paulo, para que os visitantes possam conhecer esses insetos, suas características e ouvir explicações e ideias que os levem a se interessar mais e até mesmo se tornarem futuros criadores.
O Brasil detém cerca de 2/3 das espécies de abelhas nativas sem ferrão existentes no mundo. No Estado de São Paulo há reconhecidamente um grande número dessas espécies, com enorme potencial, inclusive para serem criadas racionalmente junto às culturas agrícolas visando-se com isso a um considerável incremento na quantidade e na qualidade da produção de alimentos.
As abelhas nativas sem ferrão são um valioso e significativo patrimônio da biodiversidade, haja vista seu importante papel na polinização tanto da flora nativa quanto de inúmeras culturas agrícolas, nos mais variados biomas brasileiros.
Sabe-se que em torno de 89% das espécies florísticas de nossas matas são polinizadas, principalmente, pelas abelhas nativas e que mais de 70% dos alimentos consumidos são produzidos graças à ação das abelhas. A meliponicultura se apresenta como uma atividade promissora, geradora de renda e conservadora dos bens naturais.
Sementes e mudas da Secretaria de Agricultura
E além das novidades, apresentaremos ações já tradicionais, mas com uma pitada de inovação!
O Departamento de Sementes, Mudas e Matrizes (DSMM) da Coordenadoria de Desenvolvimento Rural Sustentável (CDRS) irá apresentar sementes e mudas, bem como pesquisas desenvolvidas em seus laboratórios. A instituição produz e comercializa cerca de 15 variedades de sementes e 300 espécies diferentes de mudas, todas de altíssima qualidade!
Durante a Agrishow, serão apresentadas as sementes de milho AL Avaré (milho variedade de alta produtividade, boa arquitetura de planta e inserção de espiga homogênea), AL Piratininga (material para silagem e grãos), o Painço (usado para plantio direto e alimentação animal), Nabo-forrageiro (adubo verde), sorgo AL Precioso (para a produção de grãos), o Catissorgo (sorgo- forrageiro), AL Vitória (sorgo “vassoura”) e o girassol cultivar Catissol (alto teor de óleo). A novidade fica por conta do lançamento da semente de milho AL Paraguaçu, cultivar que será o “carro-chefe” para a produção no sistema orgânico. O AL Paraguaçu * é produzido na Fazenda Ataliba Leonel e também certificado pelo Instituto Biodinâmico (IBD).
Ainda no espaço do DSMM, será demonstrado um minissilo de metal automatizado (0,7m de diâmetro x 1,5m de altura). O objetivo é apresentar como as sementes devem ser armazenadas de forma adequada. O silo possui sensores digitais que permitem monitorar, por meio de softwares, a temperatura e a atividade de água das sementes – fatores essenciais para a boa armazenagem do produto. O monitoramento pode ser realizado remotamente por computadores, tablets e celulares! O silo integra o estande do DSMM graças a uma parceria entre o Departamento e uma empresa de Santa Catarina.
Também será apresentado o tratamento de sementes de forma natural, com terra diatomácea. Desde a safra 2015/2016, todas as sementes de milho produzidas e comercializadas pelo DSMM estão recebendo tratamento com essa terra. O tratamento com a terra diatomácea traz inúmeras vantagens: maior período residual do produto para controle dos insetos-pragas, segurança no trabalho para os colaboradores, segurança alimentar para os consumidores e preservação do meio ambiente. Com o objetivo de aproximar ainda mais os produtores e visitantes da realidade das ações realizadas pelo laboratório do DSMM, a equipe irá demonstrar, no local, a atuação de germinadores e um trabalho de produção de mudas por micropropagação (in vitro). E quem passar pelo espaço do DSMM ainda poderá levar para casa sementes de milho orgânico e de girassol!
*AL Paraguaçu
Selecionada para o cultivo orgânico, o melhoramento genético do AL Paraguaçu foi feito, totalmente, no sistema orgânico de produção, o que lhe confere maior rusticidade. É uma variedade convencional, ou seja, não transgênica. Possui grão semiduro e alaranjado, indicado para a produção de grãos. Pela cor do seu grão, também produz um curau bem amarelinho. Possui estabilidade produtiva – sua genética mantém a produtividade estável, além de possuir ótima arquitetura, colmo mais grosso (o que o torna resistente a acamamento e quebra), folhas bem eretas e com altura variando entre 2,1 e 2,2m. A produtividade média na safra é de 6.000kg/ha. Esta semente representa alta lucratividade, quando comparada a materiais exigentes em insumos.
Café Paulista
A Coordenadoria de Desenvolvimento Rural Sustentável (CDRS) sempre esteve presente, por meio de seu corpo técnico, em todas as atividades ligadas à cafeicultura, fortalecendo as organizações de cafeicultores, implementando sistemas de gerenciamento mínimo nas pequenas e médias propriedades produtoras de café, de modo a assegurar que os produtores tenham pleno conhecimento do custo de produção, melhoraria da qualidade do café colhido, dando destaque aos procedimentos de colheita, secagem e armazenagem, também apoiando a certificação de propriedades produtoras de café. Durante a Agrishow, os técnicos da instituição estarão à disposição para orientar o visitante.