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Para estreitar e ampliar as relações comerciais, Cdial Halal se reúne em Dubai com autoridades do Estado do Paraná

Como proposta de fortalecer e discutir a ampliação do comércio bilateral, a Cdial Halal e a Câmara de Comércio Árabe-Brasileira se reuniram nesta terça-feira (12), em Dubai, com autoridades políticas e empresários do Estado do Paraná, incluindo o governador Carlos Massa Ratinho Junior.

O Paraná tem uma importante representatividade na produção e exportações do agronegócio, sobretudo no segmento de proteína animal. Segundo dados do Comextat, de janeiro a setembro de 2021, o Paraná gerou receita de exportação de US$ 14.394 bilhões, o que representa uma alta de 6,82% em relação ao mesmo período de 2020. O Estado lidera as exportações de frango no Brasil, sendo responsável por 40%.

De acordo com dados do governo paranaense, o estado tem uma das maiores expertises do Brasil no sistema, com apoio da Cdial. Atualmente, segundo o Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), são 31 plantas habilitadas para abate de frango com o método produtivo que respeita as crenças do consumidor muçulmano.

Produtos Halal

Além de estreitar as relações, durante o encontro a Cdial Halal expôs às autoridades e empresários paranaenses as possibilidades de ampliação de exportação de produtos halal aos mercados muçulmanos, tanto no setor alimentício, no qual o Paraná já é um importante fornecedor para estes mercados, como também em outras categorias.

O CEO da Cdial Halal, Ali Saifi, pontua que o setor com maior movimento de receita é o de alimentos e bebidas, responsável por 58% do faturamento global, mas vestuário, chocolates, produtos de padarias e refeições congeladas estão com importante crescimento.

“O Brasil é exemplo de bem-estar animal, tem o Paraná como um importante parceiro e fornecedor de produtos halal para os países muçulmanos, mas temos oportunidade de ampliar esses negócios. Por isso este encontro nos permitiu expôr as necessidades de produtos halal pelo mundo, aproveitando a enorme potencialidade do Paraná como importante fornecedor”, enfatiza Ali Saifi.

 “Já temos uma relação de confiança com o mercado produtivo, mas este evento também nos abriu outras possibilidades de parceria com a comunidade árabe, um nicho da população que tem a necessidade de produtos cuja produção respeita o halal”, afirma o governador Carlos Massa Ratinho Junior. E completa: “Tínhamos uma visão limitada, apenas voltada aos alimentos, mas o Paraná também possui a área de cosméticos, produção de vestuário e tantas outras áreas importantes para a comunidade muçulmana que podemos continuar e ampliar esta importante parceria”.

Para o presidente da Câmara de Comércio Brasil-Árabe, Osmar Chofi, o “encontro permitiu que todos os presentes tivessem noção de qual é a relevância do tema halal no comércio e na relação social e cultural do mundo islâmico”.

Agronegócio Paranaense

O agronegócio paranaense representa 34% do PIB do Paraná, quase 26% do PIB do Brasil. O Estado abate hoje quase 34% dos frangos do Brasil, num ritmo de mais de dois bilhões de cabeças por ano. A produção de peixes de cultivo também cresce a taxas de 10% ao ano, assim como a área de cereais.

“Podemos fazer duas a três colheitas durante o ano, o que torna possível produzir biomassa o ano todo, além de sermos grandes produtores de oleaginosas, cereais e leguminosas. Com a pandemia, estamos reaprendendo a trabalhar, todos os setores foram afetados, mas absorvermos isso e estamos dando conta do recado”, enfatiza Norberto Anacleto Ortigara, Secretário de Agricultura e do Abastecimento do Paraná.

E as expectativas, segundo Ortigara, são positivas: “temos perspectivas de crescimento real. Acreditamos que esses números continuarão crescendo, tanto no comércio como na qualificação da produção, assim como na percepção de cumprimento das exigências de qualquer país importador, especialmente quando se destina aos países árabes”.

Atualmente, segundo o Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), são 31 plantas habilitadas para abate de frango com o método produtivo que respeita às exigências do consumidor muçulmano.

“Em Dubai, foi um momento de entender o pensamento do nosso cliente e fazer com que esteja satisfeito em relação à qualidade, sanidade plena, biossegurança e rastreabilidade, que são requisitos para estarmos no comércio. Ficamos felizes em oferecer produtos que tenham capacidade competitiva e que satisfaçam o consumidor que importa nossos produtos. E, caso tenhamos algo que impeça o avanço maior, queremos entender, na visão de mercado árabe, para cumprir essas exigências. Queremos construir relações confiáveis e duradouras”.

No encontro também foi assinado um protocolo de intenções entra a Cdial, a CCAB, a prefeitura de Foz do Iguaçu e Grupo Brasilinvest, com apoio do Governo do Paraná, para viabilizar a capacitação de estabelecimentos turísticos da cidade em serviços halal, voltados às tradições da cultura muçulmana. A ideia é que o município seja um polo atrativo para os países árabes e uma das primeiras cidades do Brasil com serviços preparados para esse público.

Sobre a certificação halal – A certificação Halal atesta a qualidade da produção, da confiabilidade, da rastreabilidade e do cumprimento dos requisitos de segurança em todo o seu processo. Abrange desde a matéria-prima, todo o processo de produção, higienização, rastreabilidade, armazenagem e transporte. Pode ser aplicada a qualquer categoria de empresa, por exemplo, pecuária, agricultura, serviços de alimentação (hotéis e restaurantes), transporte, têxtil, indústria química e bioquímica, embalagens, cosméticos, produtos de origem animal perecível ou de longa vida, transporte e armazenagem, dentre outros. Embora a concentração de muçulmanos seja maior no Oriente Médio, existem quase 1.8 bilhão de muçulmanos em todo o mundo que consomem produtos que são certificados halal.

Cdial Halal – É a única certificadora da América Latina acreditada pelos principais órgãos oficiais dos Emirados Árabes (EIAC) e do Golfo (GAC), o que confere seriedade e competência nos segmentos que atua. Também é a primeira da América Latina a conquistar a categoria “N” para cosméticos e fármacos. Esta certificação é aceita em todo o mundo, inclusive nos países de maior população muçulmana como Malásia, Indonésia, Singapura e Golfo Pérsico (ou Golfo Árabe).

FONTE: Lucia Nunes – LN COMUNICAÇÃO
assessoriadeimprensa@lncomunicacao.com.br

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