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ARTIGOSCafé

[Eder Sandy] – Avaliação da resposta e dose ideal do Triplus, a base de cobalto, molibdênio e níquel, no café Arábica.

Eder Carvalho SANDY1, Igor Rodrigues QUEIROZ2 e Erival Gabriel Guimarães FERREIRA3

(1,2,3 Eng.° Agrônomos ECS Consultoria Agronômica)

E-mail:- eder.sandy@ecsagro.com.br  /  igorrqueiroz@gmail.com /   eggferreira1@gmail.com;

{ ECS CONSULTORIAhttps://www.facebook.com/ecsagro }

Renato Fonseca de PAIVA4, Guilherme FRANCO5 e Guilherme Amaral de SOUZA6

 (4,5,6 Corpo técnico Produquímica S.A.)

 

A cafeicultura é uma atividade que demanda durante o ciclo produtivo uma nutrição que vise equilíbrio e racionalidade partindo de ferramentas que apresente soluções tecnológicas e integridade para tal padrão. Com esta finalidade, fundamenta este estudo determinar a resposta do produto Triplus (Co, Mo, Ni + Bioestimulantes) durante o ciclo produtivo do cafeeiro.

O Níquel (Ni) faz parte da metaloenzi-ma uréase, enzima presente nas plantas que participa da hidrólise enzimática da ureia (CH4N2O), transformando-a em amônio (NH4+) e gás carbônico (CO2), portanto este elemento possui grande importância para culturas que recebem adubações de N na forma de ureia ou derivados via folha (DECHEN; NACHTIGALL, 2006). O Ni também está relacionado à tolerância de plantas à incidência de fungos (MALAVOLTA; MORAIS, 2007). A exigência pelas culturas, é de grandeza semelhante ao do cobalto e molibdênio, no geral situa em 0,05 mg.kg-1 de matéria seca (MALAVOLTA; MORAIS, 2007).

Classificado como benéfico, o Cobalto (Co) desempenha importante função na fixação do N2, uma vez que participa na síntese de cobamida e da leg-hemoglobina nos nódulos de soja (SFREDO; OLIVEIRA, 2010). A fixação biológica de nitrogênio é necessária que a enzima nitrogenase possa estar em condições anaeróbicas (FAGAN et al., 2016). Segundo Sfredo e Oliveira (2010), a dose de 2 a 3 g ha-1 de Co supre a necessidade para a cultura da soja.

A importância do Molibdênio (Mo) está ligada ao transporte de elétrons durante as reações bioquímicas na participação como cofator nas enzimas nitrogenase, redutase do nitrato e oxidase do sulfeto (SFREDO; OLIVEIRA, 2010).

A enzima adaptativa redutase do nitrato, ao qual reduz o nitrato (NO3), a nitrito (NO2), requer a presença de flavina (NAD) e Mo para que ocorra a reação. A enzima nitrogenase está ligada também à fixação simbiótica do N2, que também contém Mo (SFREDO; OLIVEIRA, 2010). Em geral a quantidade de 40 a 50 g ha-1 supre a necessidade da maioria das culturas (DECHEN; NACHTIGALL, 2006).

No momento é possível referenciar-se em estudo consolidados sobre o comportamento e resposta destes nutrientes no desenvolvimento vegetativo e resposta na produtividade principalmente em culturas anuais de interesse econômico, como soja e feijão; e em contrapartida é escasso para culturas perenes, como no caso da cafeicultura.

OBJETIVO

Conhecendo esta necessidade, motivou o presente trabalho avaliar a resposta e estabelecer a dose ideal do produto Triplus, da empresa Produquímica como fornecimento de Níquel, Cobalto, Molibdênio e bioestimulantes em Café arábica (Coffea arábica L.) partindo de diferentes doses, épocas e via de aplicação desde o início até o final do período de enchimento e maturação dos frutos do cafeeiro. Trabalho realizado no biênio 2015/2016 a 2016/2017 para maior consolidação dos dados.

MATERIAL E MÉTODO

O experimento em campo ocorreu simultaneamente em duas localidades na região da Alta Mogiana Paulista.

A área 1 situada na Fazenda Meia Pata (Franca-SP), compreendido pelo cultivar Catuaí Amarelo IAC 62, sequeiro, 5ª safra, com espaçamento de 3,4m por 0,6 m, e estande de 4.901 plantas por hectare.

Detalhe das parcelas experimentais da área 1. Fazenda Meia Pata. Franca-SP.
Detalhe da colheita manual de cada parcela experimental na área 1. Fazenda Meia Pata. Franca-SP

A área 2 estabelecida na Fazenda Glória (São José da Bela Vista-SP), utilizando o cultivar Mundo Novo IAC 388/17, irrigado, 10ª safra, com espaçamento de 3,8 por 0,8 m, com estande de 3.289 plantas por hectare.

Detalhe das parcelas experimentais da área 2. Fazenda Glória. São José da Bela Vista-SP.

Para ambos, a classificação climatológica das áreas de acordo com Koeppen é Cwb com precipitação média anual de 1.650 mm e temperatura média anual de 21,1ºC e 23ºC com altitude de 980 m e 800 m, respectivamente.

Detalhe da aplicação dos tratamentos via foliar na área 2. Fazenda Glória. São José da Bela Vista-SP.

O delineamento experimental em ambas áreas utiliza o bloco ao caso (DBC) com 8 tratamentos e 4 repetições, sendo 20 plantas totais e destas, 10 plantas centrais por parcela consideradas úteis para avaliações e colheita.

As recomendações agronômicas foram realizadas pela ECS Consultoria Agronômica fundamentadas em Raij et al. (1996).

Detalhe do café colhido e recolhido do chão das parcelas úteis.

As variáveis agronômicas avaliadas foram: Teor foliar em três fases do ciclo da cultura; aspecto geral como vigor e enfolhamento, produtividade e percentual de peneira de cada tratamento avaliado ao final de cada ano agrícola.

RESULTADOS OBTIDOS

Considerações finais: Para o biênio avaliado, houve incrementos de produtividade com o a tecnologia Triplus, em ganhos que chegaram até a 8 sacas por há, diferenças não significativas estatisticamente, mais que mostram tendência de aumento de produtividade. Os percentuais de peneiras 17 acima nos tratamentos com Triplus foram superiores ao tratamento controle.

Foi observado ao longo dos 2 anos de trabalho, visualmente, que os tratamentos tinham entre si, diferenças visuais de coloração, sendo estes com produto Triplus, tendiam a ter melhor coloração verde, ou seja, visualmente mostravam uma melhor eficiência do uso de nutrientes (N, Mg, etc..), já
que estes eram padrões para todos os tratamentos. Que foi comprovada pelas análises de folhas que indicam tendência de melhor eficiência de nutrientes, entre eles o N.

Quanto aos teores foliares, houve importantes diferenças no comportamento de cada nutriente em ambos experimentos, sendo esta variável importante fonte de informação para as duas condições e servindo de embasamento para o as interpretações oriundas deste trabalho.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DECHEN, Antônio Roque; NACHTIGALL, Gilmar Ribeiro (Ed.). Micronutrientes. In: SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIêNCIAS DO SOLO (Viçosa Mg). Nutrição mineral de plantas. Viçosa: Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 2006. Cap. 16, p. 339, 348, 349.

MALAVOLTA, Eurípedes; MORAIS, Milton Ferreira (Ed.). Níquel – de tóxico a essencial. Informações Agronômicas. Piracicaba, p. 1-16. jul. 2007. Disponível em: <http://www.ipni.net/publication/ia-brasil.nsf/0/EE754C62DE9D382A83257AA10060CC57/$FILE/Jornal-118.pdf>.
MALAVOLTA, Eurípedes et al. Repartição de nutrientes nas flores, folhas e ramos da Laranjeira cultivar Natal. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal-sp, v. 28, n. 3, p.506-511, dez. 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-29452006000300036>.

RAIJ, Bernardo van et al. Estimulantes. In: RAIJ, Bernardo van et al. Boletim Técnico N°. 100: Recomendações de Adubação e Calagem para o Estado de São Paulo. 2. ed. Campinas: Fundação IAC, 1996. Cap. 15. p. 93-101.

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