Bovinos de CorteBovinos de LeiteEquinos e Muares

A importância da Erva-de-Ovelha para produção animal

Estudos da EMBRAPA Caprinos e Ovinos do Ceará indicam que a leguminosa forrageira popularmente conhecida como Erva-de-Ovelha (Stylosanthes humilis) tem potencial para incrementar a produção animal no Semiárido brasileiro. Segundo os indicativos, ela é uma boa alternativa para a alimentação dos rebanhos caprinos, ovinos, bovinos, equinos e muares porque possui alto valor nutritivo e garante o aporte de proteína de que os animais necessitam, além de auxiliar na fixação de nitrogênio no solo, tornando-o mais fértil.

“Ela é um componente-chave dessa atividade em uma região que tem um volume anual de chuvas muito baixo, mesmo para os padrões nordestinos, como é o caso do município de Irauçuba (CE)”, explica o zootecnista da EMBRAPA Caprinos e Ovinos, Éden Fernandes, lembrando que a planta tem grande importância para a produção animal, principalmente, nos sistemas extensivos.

A Erva-de-Ovelha está presente em quase todos os estados do Nordeste, além de Amazonas, Pará, Goiás, Mato Grosso e sudeste de Minas Gerais. Exclusivamente na região Nordeste, a planta ocorre em quase todos os Estados, nos chamados tabuleiros, que são áreas naturalmente abertas dentro da vegetação da Caatinga.

BENEFÍCIOS

Estudos são feitos com a planta desde a década de 1990, mas ela ainda não é popular entre os produtores. Entre os benefícios da sua utilização, entretanto, estão o fato dela ser resistente ao pisoteio, à seca, a solos encharcados e a solos ácidos.

Manejada com adubação correta, a erva-de-ovelha responde bem, melhora a produção, índices proteicos e a digestibilidade. Ela atende à necessidade de proteína dos animais, fornecendo de 20% a 22% do necessário, dependendo do estágio em que se encontra (à medida que vai secando, o teor de proteína diminui), assim é considerada uma boa leguminosa para a produção de leite.

Outra característica é que ela não tolera fogo e frio – e precisa de um índice pluviométrico variando de 400 mm a 1.500 mm para completar seu ciclo, dependendo da localização e tipo de solo. O crescimento e o desenvolvimento dessa espécie estão associados ao regime de chuvas. Ela floresce com as águas e no período de estiagem fecha seu ciclo lançando as sementes no solo como uma forma de se perpetuar de um ano para o outro.

Segundo informações da EMBRAPA, seus pesquisadores comprovaram que ela é uma forrageira muito produtiva, especialmente para a pecuária leiteira. Não apresenta uma produção elevada de biomassa porque ocorre em pequenas manchas de solo.

ACOMPANHAMENTO

Apesar dos benefícios, a EMBRAPA orienta que produtores que tenham interesse em utilizar a planta procurem acompanhamento técnico especializado, por um profissional que conheça a região, uma vez que cada propriedade é única, com características próprias. Outra indicação é a rotação de animais de diferentes espécies na mesma área, porque cada uma apresenta hábitos de pastejo diferentes.

 

FONTE: ABZ – Associação Brasileira de Zootecnia

Related posts

DSM lança sétima edição do Tour DSM de Confinamento

Mario

Megaleite 2019 terá lançamento de plataforma on-line para venda de embriões

Mario

Viatina-19: Vaca Nelore avaliada em quase R$ 8 milhões é arrematada em leilão da ExpoZebu

Mario

Deixe um Comentário

Este site utiliza cookies para melhorar sua experiência. Presumiremos que você concorda com isso, mas você pode cancelar se desejar. Aceitar Leia Mais