Em um dia muito produtivo para a Cadeia Produtiva de Cafés Especiais, o Hotel Dan Inn, na cidade de Franca (SP) recebeu cerca de 300 participantes para o 7º Fórum de Qualidade da Região da Alta Mogiana. Organizado pela nova diretoria da AMSC – Associação dos Produtores de Cafés Especiais da Região da Alta Mogiana.
Até as 18h30, os visitantes tiveram a oportunidade de conhecer o que há de mais inovador e tecnológico em mecanismos de proteção em preços e estratégias comerciais, bem como na pesquisa, genética, condução, manejo e processos de produção de cafés especiais na Região da Alta Mogiana.
O fórum teve início com a apresentação da nova diretoria da AMSC, eleita recentemente, e que terá Edgard Bressani como presidente e André Luis Cunha como vice-presidente. José Domingos Guasti será o Conselheiro Fiscal da nova diretoria.


Celso Vegro não pode estar presente em decorrência de agendas da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo. Mas participou do evento através de vídeo conferência, abordando o tema “O Futuro do Café, em decorrência da Guerra Rússia e Ucrânia, Covid e Geadas”.
Na sequência, encerrando as atividades da manhã, Márcio José Marin, Ana Flávia Miranda e Laís Faleiros abordaram um tema extremamente importante, mas de difícil compreensão dos cafeicultores brasileiros, que são os “Mecanismos de Proteção em Preços e Estratégias”.
No período da tarde, Tuca Dias, Catarina Kim e Boram Um apresentaram relatos individuais que mostram o quanto a cafeicultura brasileira tem de importância, seja na produção efetiva, seja no trato com o trabalhador, o ser humano. O painel “Transformação, Produção de Cafés Especiais” foi enriquecedor a muitos dos visitantes.
Finalizando os trabalhos do fórum, o painel “Variedades, Condução, Manejo e Processos de Produção para Cafés Especiais” contou com a participação de Gerson Giomo, André Cunha, Jean Faleiros e Alessandro Guieiro.
Q-Grader e Pesquisador Científico do IAC – Instituto Agronômico de Campinas, Gerson apresentou rapidamente um pouco do trabalho e dos resultados do trabalho desenvolvido por ele e sua equipe, há mais de 25 anos, com fitotecnia do cafeeiro com ênfase na produção de cafés especiais, incluindo seleção e produção de novas variedades, melhoramento genético e clonagem.

André Cunha veio a seguir, aproveitando todo o trabalho de pesquisa desenvolvido por vários anos pela equipe de Gerson Giomo, mostrando os resultados obtidos, na prática, na Fazenda Bela Época (propriedade já certificada como produtora de cafés orgânicos) e na Bela Época Sementes e Mudas de Café. Destaque para um segmento na Cadeia Produtiva do Café que muitos não dão muita importância: a produção de sementes selecionadas de café. “O cafeicultor dá mais valor a qualidade de uma muda de café do que para a genética da mesma. Ele esquece que esta mesma muda permanecerá em sua lavoura por décadas. Qual o resultado da sua colheita se a genética destas mudas não forem as melhores?”, advertiu André.

Cafeicultor e um dos diretores do Grupo Familiar Eldorado, Jean Vilhena Faleiros veio a seguir e apresentou por quase uma hora detalhes extremamente importantes na condução e manejo das lavouras, assim como nos métodos e processos de produção de cafés especiais que o diferenciam de muitos cafeicultores brasileiros. Extremamente observador e ávido por conhecimento, Jean já viajou para várias regiões produtoras de café do mundo, além de já ter garantido mercado exportador para seus cafés especiais. Suas propriedades ainda não são certificadas como orgânicas, mas estão em processo de transformação no quesito sustentabilidade. “Há vários anos contamos com a consultoria do Alessandro Guieiro, que provocou uma verdadeira transformação nas atividades de manejo e condução das nossas lavouras. Reduzimos drasticamente a utilização de insumos químicos, além de passarmos a adotar técnicas de garantem a manutenção e ciclagem dos solos de nossas lavouras”, explicou Jean.

O Engº Agrº Alessandro Guieiro finalizou o evento com uma apresentação extremamente instigadora para quem visitou o fórum e ainda pratica a cafeicultura tradicional. Abordando o tema “Cafeicultura Regenerativa”, Alessandro foi enfático ao apontar a importância do solo para a cafeicultura.
“Precisamos ter consciência de que o futuro que sonhamos depende das decisões tomadas hoje. Que estejamos todos cientes de que, sempre que tomamos decisões que vão contra a natureza, nós vamos perder. Todos nós devemos cuidar dos nossos solos, respeitar o ambiente de produção. Temos sob a nossa responsabilidade a função de alimentar o Mundo, cultivando em nossos solos as diferentes culturas. Com conhecimento e práticas agronômicas saudáveis podemos, em um mesmo ambiente, termos alta produtividade com alta qualidade”, explicou Alessandro Guieiro.

A proposta do 7º Fórum de Qualidade da Região da Alta Mogiana foi o de fomentar negócios no setor cafeeiro, valorizar a produção regional, promover networking e debates sobre temas atuais que impactam o segmento. “Este foi o primeiro evento de uma série de ações que a AMSC realizará neste ano, culminando com o 20º Concurso de Qualidade de Café da Alta Mogiana, que tem várias fases e encerra com a cerimônia de premiação em novembro deste ano”, afirmou o presidente Edgard Bressani.
O 7º Fórum de Qualidade da Região da Alta Mogiana contou com o patrocínio das seguintes empresas: Cool Seed, Blue3, Cafebras, Bourbon Coffees, Bela Época Sementes e Mudas, AgroCP, AGAM – Armazéns Gerais, Coronel Cafés Especiais, Lallemand, Carmomaq, FMC, Koppert, SoluBio, Capricórnio Coffees, Grupo Vittia, Compo Expert, Cocapil, Cocasul, Coopercitrus, Cropster, DCS Seguros, GL Consultoria, Doca Complexo Cafeeiro, Café Labareda, Fertilaqua, Gota Certa, MCT – Matias Coffee Trading, Probat, Syngenta, Terra de Cultivo, Valagro, CBI Madeiras, Ouro Verde Corretagem de Café e Davanso Cherice.
A Revista Attalea Agronegócios foi Apoio de Mídia do evento.















