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IEA: 78 anos de contribuição para a transparência do mercado agrícola e sucesso dos produtores rurais

Em um mundo cada vez mais dinâmico e conectado, a geração e análise de dados é fundamental para a tomada de decisão, principalmente em um setor da grandeza do agronegócio, que representa parcela significativa do PIB estadual paulista. O Estado de São Paulo conta com uma instituição importante para realizar essa tarefa, o Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA), órgão ligado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, que completa 78 anos de atuação neste 07 de novembro.

O IEA foi a primeira instituição do Brasil a sistematizar estudos sobre economia agrícola no País. Foi também pioneiro em análise de custos de produção e rentabilidade dos sistemas produtivos e no aprimoramento dos levantamentos amostrais e censitários agropecuário.

É ainda referência em prestação de serviços à sociedade em preços agrícolas e estatísticas socioeconômicas, de terra, dos mercados atacadistas e varejistas e aos produtores. Também é responsável por levantamentos da produção agropecuária paulista, valor da produção, exportações do agronegócio e mercado de trabalho rural.

“Desde 1942, contamos com uma equipe multidisciplinar engajada, colaborativa, comprometida e sensível às demandas da sociedade. O IEA faz parte do êxito da agricultura paulista, através de ciência e tecnologia. Suas pesquisas são referência para a tomada de decisões de políticas públicas, contribuindo para a transparência do mercado agrícola e o sucesso dos produtores rurais que nele atuam”, afirma Priscilla Rocha Silva Fagundes, diretora geral do IEA.

As informações geradas ao longo desses 78 anos pelo Instituto contribuem com os agentes públicos e privados e servem de parâmetro para a tomada de decisão e formulação de políticas públicas, no âmbito estadual e federal.

“Informação é um ativo estratégico para todo o setor de produção do agronegócio. O trabalho do IEA está no cálculo do PIB estadual, no planejamento dos produtores, na venda e compra de terra por parte deles e ainda no preço no atacado e no varejo. Essas informações são importantes tanto para a elaboração de políticas públicas, como também para o monitoramento do mercado e controle de preços máximos aos consumidores, algo importante no dia a dia da população”, explica Antonio Batista Filho, coordenador da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), instituição responsável por coordenar os seis Institutos e 11 Polos Regionais de pesquisa no Estado de São Paulo.

Conquistas recentes

Os pesquisadores e corpo técnico do IEA foram os responsáveis pelo desenvolvimento da Calculadora do Valor Venal da Terra Rural, primeiro aplicativo da Secretaria de Agricultura. Ao informar o município, área e categoria da terra rural, o App permite que o interessado tenha na tela do celular, em questão de segundos, o valor venal de uma propriedade, uma informação preciosa, que permite ao agricultor recolher corretamente os impostos, comprar e vender um imóvel e resolver questões ligadas à Justiça.

O App foi desenvolvido no âmbito do projeto de modernização da metodologia para cálculo dos índices preços de terras, que passou a contar com 12 informações sobre cada um dos 645 municípios, o que permitiu a ponderação de uma média muito mais confiável. Além de servir de base para o cálculo do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR), a ferramenta também facilita o recolhimento do Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD). Está disponível, de forma totalmente gratuita, nas plataformas de aplicativos para Android e IOS.

Em janeiro deste ano, o Instituto, em conjunto com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), lançou o índice de preço de importação da borracha natural, disponibilizado de forma gratuita nos sites das instituições e atualizado mensalmente, sempre no último dia do mês. A partir dessas informações confiáveis, produtores e indústria pneumática podem balizar as negociações de compra e venda de borracha natural no mercado brasileiro.

História

Nos anos de 1939 e 1940, o engenheiro agrônomo Ruy Miller Paiva, que então atuava no Instituto Agronômico (IAC), foi para os Estados Unidos para se aperfeiçoar na área de tecnologia de fibras. Deparou-se, então, com a economia agrícola e ao retornar para São Paulo, trouxe as ideias e o conhecimento que resultou na criação da Comissão de Estudos Rurais. Esta foi precursora do Departamento de Produção Vegetal da Secretaria, que em 42 daria origem ao IEA, que primeiro sistematizou os estudos sobre economia agrícola no Brasil.

Com o tempo, o campo de trabalho passou a abranger cenários que incluem a globalização, a diferenciação e organização como princípios de inserção e permanência nos mercados para a produção familiar, os impactos da biotecnologia e da interdependência do setor agrícola com novos ramos industriais, agricultura periurbana, gestão da água e preservação ambiental.

As linhas de pesquisa priorizam o atendimento às demandas sociais oriundas dos canais institucionais, mas sempre levam em conta a percepção e a sensibilidade de seus pesquisadores para as necessidades de médio e longo prazo da agricultura e da sociedade.

FONTE: Secretaria de Agricultura e Abastecimento de SP  – saacomunica@sp.gov.br

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