EVENTOS - DESTAQUES

ESALQSHOW termina com discussão sobre o profissional do futuro

Painel encerrou atividades em Piracicaba (SP) com visões da academia e do mercado.

Com um painel temático sobre o profissional do futuro, que abordou visões da academia e do mercado, terminou a edição 2019 do ESALQSHOW, fórum de inovação e tecnologia no agro, realizado de 9 a 11 de outubro, na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP).

Com moderação do engenheiro agrônomo Marcos Fava Neves, professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEA/USP), a plenária final do fórum contou com falas de João Roberto Spotti Lopes, Vice-Diretor e Presidente da Comissão de Relações Institucionais da Esalq/USP, Raphael Cassillo, Professor da Unesp Botucatu, Marcelo Theoto Rocha, Sócio-diretor da Fábrica Ethica Brasil, Marcelo Marino dos Santos, Conselheiro da Abisolo e Diretor Geral da Omex, Marcelo Habe, Diretor de Marketing Latam da Agrichem do Brasil, Igor Belens, Diretora de Recursos Humanos e Comunicação Corporativa da Compass Minerals, Leonardo Porpino, Gerente Técnico da Alltech Crop Sciences Brasil, Stella Cato, Diretora de Pesquisa e Desenvolvimento da Stoller Brasil e Aramis Moutinho Jr., Superintendente Corporativo do Sistema OCESP.

O diretor da Esalq, professor Durval Dourado Neto, falou da importância em discutir o profissional do futuro. “Estamos fazendo um diagnóstico e um prognóstico para o futuro. Qual é a nossa grande preocupação? Definir o que nós temos que fazer agora para não perdermos o bonde da história em termo de formação do profissional do futuro. Nós diagnosticamos que qualquer profissional terá que ter noção de inteligência artificial, noção de big data e internet das coisas. Ao mesmo tempo, somos usuários de tecnologia e os dois grandes players são EUA e China, daí a importância de se ter também, na sua formação, o inglês, que acredito que é suficiente para atender as duas demandas. Mas, para uma pequena parcela o mandarim seria um diferencial do profissional do futuro”.

Dourado completou abordando a responsabilidade social da universidade em formar pessoas para melhorar a vida do cidadão comum brasileiro. “Estamos investindo para que uma parcela desses estudantes tenha boa formação em inovação e empreendedorismo, é obvio que não vão sair daqui 100% dos alunos inovando e empreendendo, mas vamos dar oportunidade para 100% para que uma parcela procure melhorar a vida das pessoas no Brasil”.

Painel

Marcos Fava Neves abriu o painel e destacou que as mudanças tecnológicas constroem valores que requerem dos novos profissionais qualificações técnicas e comportamentais. Na sequência, o professor Luis Eduardo Aranha Camargo, professor da Esalq, traçou um painel do estudante que hoje chega na unidade da USP em Piracicaba e lembrou que, na Esalq, há uma preocupação com o aprendizado além da sala de aula. “Mesclamos transdisciplinariedade com ensino prático, empreendendo esforços para uma formação na qual estejam desenvolvidas habilidades sociais”.

Marcelo Marinho dos Santos defendeu a formação de um comitê unindo representações de empresas e da academia e frisou que o profissional do futuro deve possibilitar ganhos de produtividade. Marcelo Hobe listou 10 habilidades requeridas ao novo profissional e, em suma, defendeu a formação de líderes executores, capazes de resolver dilemas complexos. Leonardo Alves sugeriu que os profissionais devem estar atentos a um mercado exigente, sem deixar de ouvir os anseios do produtor e Stella Cato apontou que, diante da revolução digital em que vivemos, o grande desafio é sabermos trabalhar com a bioinformática. “A agilidade, a resiliência e a flexibilidade estão entre as habilidades daqueles que irão permanecer no mercado”.

Igor Belens sugeriu que o novo profissional ligado ao agro deve entender também de programação, pois precisará se inserir em uma dinâmica de trabalho cada vez mais veloz. “O avanço tecnológico exige um perfil atualizado e que esteja disposto a aprender sempre”. Raphael Castilho, da Unesp, lembrou que a trajetória profissional começa a ser moldada ainda na universidade e por isso o papel das universidades é cada vez mais importante ao orientar a construção das novas carreiras. Marcelo Rocha propôs o desafio de encarar as questões ambientais como oportunidade e, fechando o painel, Aramis Moutinho lembrou que, durante sua carreira pode perceber no cooperativismo a importância da união entre empresas e academia.

Após o painel, o diretor da Esalq encerrou os trabalhos abordando o foco principal do fórum. “O enfoque principal do ESALQSHOW é a inovação e o empreendedorismo e como objetivo maior, melhorar e agregar valor a tudo que a gente produz no setor agrícola para que em última instância melhore a vida das pessoas”.

Related posts

Produtor de milho deve ponderar mercado e clima para a safra 2023/24

carlos

Coopercitrus Expo 2022 ‘Uma Nova Experiência’, de 25 a 29 de julho

Mario

Gehaka expõe medidor de umidade de grãos G610i na EXPOCAFÉ

Mario

Deixe um Comentário

Este site utiliza cookies para melhorar sua experiência. Presumiremos que você concorda com isso, mas você pode cancelar se desejar. Aceitar Leia Mais