Café

CMN aprova recorde de R$5,1 bi para financiamentos ao setor de café

O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou nesta quinta-feira a distribuição de um volume recorde de cerca de 5,1 bilhões de reais para linhas de crédito em 2019 ao setor de café do Brasil.

Esses financiamentos, no âmbito do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), geralmente contam com taxas mais baixas que as do mercado em geral. A nota do Ministério da Economia não trouxe informações sobre juros.

O montante autorizado para financiamentos é ligeiramente superior ao liberado no ano passado (4,96 bilhões de reais).

Com o Brasil lidando com preços baixos do café devido à grande oferta após uma safra recorde em 2018, e diante de expectativas de outra produção robusta neste ano, o crédito para estocagem responderá pela maior parte do montante total, o que deve dar algum alento a cafeicultores.

A aprovação do CMN confirma indicação do volume de recursos apontado pelo Conselho Deliberativo de Política do Café (CDPC), um órgão integrado pelo governo e setor privado, em 11 de abril.

Segundo nota do Ministério da Economia, os financiamentos seguirão a seguinte linha:

  • a linha para estocagem somará até 1,962 bilhão de reais (alta de 5,4 por cento ante o ano passado);
  • operações de custeio terão até 1,3 bilhão de reais;
  • financiamento para Aquisição de Café, até 1,149 bilhão de reais;
  • financiamento para Recuperação de Cafezais Danificados, até 10 milhões de reais;
  • financiamento de capital de giro para cooperativas e para indústria de café solúvel e de torrefação, até 650 milhões de reais.

Em relação ao ano passado, a medida amplia o volume de recursos para operações de custeio em 18,2 por cento; e de aquisição de café pela indústria em 8,1 por cento.

“Além disso, a fim de racionalizar a utilização dos recursos, unifica os limites das linhas de capital de giro para cooperativas de produção, para indústria de café solúvel e para a indústria de torrefação de café, cujos recursos somados foram reduzidos em 29,7 por cento”, disse a nota.

Os valores reduzidos do capital de giro foram alocados nas demais linhas. Foi mantido o valor disponibilizado no ano passado para financiar a recuperação de cafezais, acrescentou o conselho.

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