Produtores rurais ainda não conseguiram contabilizar as perdas porque água ainda não baixou nas lavouras. Preocupação com estradas vicinais intransitáveis e pontes caídas também é alta por parte dos agricultores que temem dificuldades para escoar produção.
A região sul e a fronteira oeste do Rio Grande do Sul está recebendo um grande volume de chuva nos últimos dias. Já são cerca de 500 milímetros acumulados na área, entre três e quatro vezes maior do que o esperado para essa época, e que trazem prejuízos para as lavouras nessas cidades, como é o caso de Dom Pedrito.
“A soja aqui é muito plantada na várzea e, com certeza, já sofreu alguns danos irreversíveis. Por melhor que sejam as sementes que tenhamos utilizado, ela sofre com alagamentos longos com água e teremos perdas expressivas. O arroz tem uma recuperação melhor, embora possamos supor que também haverá perdas, elas serão bem menores. Ainda não conseguimos quantificar o nível dessas perdas porque a água não baixa, então não se pode fazer uma avaliação mais efetiva dos estragos causados”, conta José Roberto Weber, produtor rural.
Outro fator que preocupa os agricultores da região devido a essas chuvas intensas é o estado das estradas locais, uma vez que o escoamento da produção de arroz, que deve começar a colheita em março, e de soja, que tem colheita prevista entre abril e maio, necessitam desses caminhos viários. “As estradas vicinais se encontram praticamente intransitáveis. Houve quedas de pontes, problemas com bueiros e muitas propriedades e regiões dos municípios nas quais os produtores não conseguem chegar por falta de acesso. Estamos vivendo um período bastante difícil e temos que esperar as águas baixarem para ver o que será possível fazer”, pontua Weber.
FONTE: Guilherme Dorigatti – NOTÍCIAS AGRÍCOLAS
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