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AgroBrasília 2022 mostra a produtores potencial da fruticultura na geração de renda

Diversificação da produção, melhor aproveitamento da propriedade rural e aumento na geração de renda são alguns dos muitos atrativos da fruticultura, que serão mostrados na AgroBrasília 2022, a ser realizada de 17 a 21 de maio. A maior Feira agro do Planalto Central apresenta mais essa atividade aos visitantes, cujas possibilidades podem ser conferidas no campo demonstrativo de fruticultura.

No Parque Tecnológico Ivaldo Cenci, no PAD-DF, onde ocorre a AgroBrasília, a 70 km do aeroporto de Brasília, são quase 5 mil m² plantados com frutas – as cultivares são maçã “Eva” com polinizadora “Julieta”, pera d’água, caqui “Rama Forte” e manga “Palmer”. No lugar, há ainda quase 4 mil m² cultivados com uvas de mesa, para sucos e para vinhos.

A parte de fruticultura é desenvolvida em parceria com a Brava Fruticultura, empresa de consultoria que terá um estande de atendimento na Feira e cuja expectativa é a de alcançar cerca de 200 interessados na atividade. A ação da empresa terá foco na sustentabilidade no cultivo de frutas, com uso, por exemplo, de controle biológico e ferramentas da agricultura digital – serão demonstradas a aplicação de inimigo natural de pragas e doenças de algumas culturas e uma forma online de identificação do estado de nutrição da planta, com análise em tempo real.

Além dos cultivos do campo demonstrativo, a Brava abordará o plantio de frutas vermelhas (as berries), como mirtilo, framboesa e amora, culturas implantadas a partir do trabalho integrado com o projeto Rota da Fruticultura. Lançada pelo Ministério do Desenvolvimento Regional em junho de 2021, a Rota da Fruticultura da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride-DF) previa o investimento inicial de R$ 1 milhão na cadeia produtiva de frutas local, a fim de profissionalizar a produção e gerar empregos, renda e oportunidades para os produtores.

O diretor da Brava, Edson Carlos da Silva, destaca que o momento é propício ao investimento na atividade. “Em razão da pandemia, as pessoas estão mais preocupadas com a saúde e sua relação com a alimentação e consomem mais frutas. A demanda cresceu por causa disso e houve também simplificação nas exportações. Assim, o leque para fruticultores está aumentando. Além disso, na região – Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais – há vários fatores favoráveis ao cultivo de frutas, como estabilidade climática, sem intempéries, e áreas ociosas nas propriedades, que podem passar a gerar renda”, detalha.

A fruticultura é um dos mais sustentáveis e rentáveis segmentos do agronegócio brasileiro. Em 2021, o setor teve um crescimento de 20% no faturamento, alcançando a marca de US$ 1 bilhão em exportações. Com diversas certificações internacionais, como o Global Gap e o Rainforest Alliance, é também a área que mais emprega mão de obra no agro nacional, respondendo por cerca de 5,5 milhões de empregos diretos.

No Distrito Federal, de acordo com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF), há 1.473,485 hectares cultivados com frutas. Em 2021, foram 36.672,81 toneladas produzidas por 2.596 produtores. Ciente da importância da atividade, a empresa pública terá um espaço destinado à fruticultura na AgroBrasília 2022, dentro do Espaço de Valorização da Agricultura Familiar, como um dos nove circuitos tecnológicos.

Uva – amplas possibilidades

As amplas possibilidades que o cultivo da uva oferece e o crescimento do plantio também estão no radar da AgroBrasília, em especial a aplicação das espécies viníferas da fruta na produção de vinhos finos. Pelo segundo ano consecutivo, o tema entra na programação técnica da Feira, com a realização da segunda edição do seminário “A produção de vinhos finos no Planalto Central e suas potencialidades”. O debate traz renomados especialistas da vitivinicultura brasileira, como o engenheiro agrônomo e doutor em viticultura Murillo de Albuquerque Regina, o criador da dupla poda, ou poda invertida, a técnica que tornou possível a adaptação de parreiras ao clima da Região Centro-Oeste.

O presidente da AgroBrasília, Ronaldo Triacca, reforça que o cultivo de uvas de mesa, para sucos e para vinhos vem se destacando no Cerrado. “O clima da região é um dos melhores do mundo para fazer vinhos. A altitude, a exposição solar e as estações bem definidas daqui são ideais. E as áreas onde essas uvas estão sendo plantadas costumam ser as que ainda não foram utilizadas pelo produtor, inadequadas para outros plantios, o que melhora o aproveitamento da propriedade”, afirma.

Nos arredores da capital federal, existem 34 produtores espalhados pelas áreas rurais e cerca de 60 hectares dedicados à viticultura e à vitivinicultura. Em 2020, havia mais de 40 hectares de uvas viníferas plantados na região do Planalto Central, e mais de 100 hectares de uvas americanas, para mesa e suco.

Os produtores que deram início ao plantio de vinhedos no Distrito Federal obtiveram sucesso na atividade e alcançaram uma produtividade média maior do que a nacional – 22 toneladas por hectare nas terras locais contra 19 toneladas no restante do País. Surgiu então a necessidade de industrialização dessa produção e daí nasceu o projeto da Vinícola Brasília, pensado e executado por dez produtores.

Localizada no PAD-DF, a vinícola terá sua estrutura concluída em 2023, mas oito dos dez produtores já produzem vinhos na planta industrial. Na AgroBrasília 2022, o lugar estará aberto a visitações. Na região, o visitante também pode conhecer propriedades rurais dedicadas ao enoturismo.

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