Café

“Os cafeicultores em dificuldades”

EDITORIAL DO JORNAL – EL COLOMBIANO
www.elcolombiano.com

Data: 01/03/2019

É um paradoxo doloroso, enquanto o consumo de café no mundo aumenta de forma sustentada, os produtores do grão estão tendo um tempo difícil. Na verdade, seja em cápsulas, solo ou solúvel, arábica ou robusta, a demanda por café está crescendo de forma pronunciada. Em 2018/19, a Organização Internacional do Café (OIC) estima que o consumo atingirá 165.180.000 de sacas, um valor equivalente a um consumo diário de 2.200.000.000 de xícaras. A renovação do mercado está sendo dada graças à presença de apresentações Premium de cafés arábicas e do formato em porções (cápsulas, saquetas).

A produção também está crescendo e muito. Em 2018/19, haveria uma oferta maior do que a demanda neste mercado, como no ano anterior. Na verdade, a mesma fonte relata que em 2018/19 a produção mundial estimada será 167.470.000 de sacas, com um excesso de café no mercado de 2,2 milhões de sacas, 1 milhão menos do que em 2017/18. estas circunstâncias a pressão descendente no preço internacional do café continua; A referência para os cafés macios (contrato C) termina 27 meses que caem, de 160 centavos por a libra em novembro 2016 a menos do que um dólar na última semana. A tendência continuaria a ser o tamanho esperado da próxima safra nos principais países produtores.

A queda de preços sustentada é asfixia produtores de café. É um fato que, nas atuais condições de um mercado “oferecido”, as negociações entre produtores e industriais estão a ser sistematicamente feitas em detrimento do primeiro, situação agravada pela especulação que está a ser apresentada. A produção de café, por sinal, faz 25 milhões de cultivadores em todo o mundo, 70% destes são proprietários de parcelas de menos de 5 hectares. Esse desequilíbrio é claramente refletido na distribuição de valor dentro dessa cadeia.

A Federação do café e o governo projetaram uma estratégia para abordar a situação difícil e aumentar a rentabilidade do café. Os instrumentos são os convencionais, como resultado, o apoio direto ao preço será reativado, as dívidas do café serão aliviados e um programa de apoio em fertilizantes será oferecido para as renovações por semeadura e muda em 2019 com recursos do fundo nacional Café e governo por 14.000.000.000 pesos.

As medidas não passam de um alívio temporário que não resolve o problema fundamental que o café tem hoje: a necessidade de tornar o comércio de café mais equitativo, para que certos produtores tenham maior poder de negociação e possam ter um P Mais forte que os custos. A necessidade, em outras palavras, de alcançar a corresponsabilidade da indústria global para uma cadeia sustentável.

A Federação levantou a possibilidade de deixar a bolsa de valores de Nova York perseguindo esse propósito. No entanto, não há realmente uma instância hoje que garanta uma alternativa à forma como o café é comercializado. Nestas condições, a proposta não parece viável a médio prazo. Seria mais conveniente insistir na regulação do mercado do café para lidar com especulações e más práticas.

Related posts

1º Encontro dos Cafeicultores de Campo do Meio e Região: documento com reivindicações foi entregue ao governo federal

Mario

[Marcelo Fraga Moreira] – Mercado do Café – “Vai faltar café” (comentário semanal 20 a 24/09 de 2021)

Mario

Bons negócios e muitas atrações garantem o sucesso da 6ª edição da FECOM

Mario

Deixe um Comentário

Este site utiliza cookies para melhorar sua experiência. Presumiremos que você concorda com isso, mas você pode cancelar se desejar. Aceitar Leia Mais