Nesta segunda-feira, feriado de 1º de maio, uma forte chuva de granizo atingiu os municípios de Cana Verde (MG) e Perdões (MG). De acordo com o Jornal da EPTV 2ª Edição – Sul de Minas, vários hectares de lavouras de café foram atingidos.
A pista da rodovia BR-354 ficou bastante escorregadia, o que causou transtornos para os motoristas que trafegavam pelo local. Além disso, a cidade de Cana Verde (MG) também foi afetada pela chuva de granizo.
A forte chuva de granizo que caiu em Cana Verde (MG) causou prejuízos em 60 hectares de lavouras de café da cidade. Pelo menos oito plantações do município foram prejudicadas.
Cana Verde (MG) possui 1 mil hectares de lavoura. As áreas atingidas pela chuva de granizo tiveram prejuízos como queda de frutos, de folhas e de galhos. Além disto, os danos do granizo podem interferir na qualidade do grão pós-colheita, o que reduz o preço de venda, e também acarretar problemas futuros para a próxima safra devido aos danos nas folhas. “Danificou o próprio fruto, jogou o fruto no chão, os frutos que estão chão tem uma qualidade inferior aos colhidos na planta. Então, o produtor vai ter um prejuízo no valor do produto no chão, que vai dar uma bebida de qualidade inferior”, disse o Engº Agrº Vladmir Modesto Teodoro, da EMATER-MG.
“A folha e o galho lesionados vão servir de porta de entrada para alguma doença. A desfolha vai afetar a próxima safra, tendo redução na produção. É um prejuízo em longo prazo. Como houve uma redução da área folhear, consequentemente vai ter também uma redução na próxima produção. O impacto direto do granizo em um ramo que poderia formar um novo fruto de café”, completou.

Recomendações
Os produtores que tiveram as lavouras atingidas e prejudicadas precisam realizar ações antes de iniciar ou continuar com a colheita de café. Conforme o engenheiro agrônomo da EMATER-MG, o primeiro passo é entrar em contato com um agente financeiro.
“Os produtores rurais que fizeram o custeio de café precisam entrar em contato o mais rápido possível com um agente financeiro, para que esse agente financeiro possa emitir um comunicado de ocorrência de perdas. Com isso, o banco entra em contato com a empresa de assistência técnica credenciada ao banco, para que o agrônomo possa ir até a lavoura fazer um laudo de perda e enviar ao banco, liberando o produtor o mais rápido possível para a colheita. O produtor que fizer isso não pode fazer a colheita antes do técnico ir à lavoura”, orientou Vladmir.
“Aquele produtor que já começou a colheita, deve separar o café pelo lote e não misturar com o café que vai vir da lavoura”, concluiu.
A colheita no Sul de Minas já havia começado para, pelo menos, 20% dos produtores do Sul de Minas. Segundo a Conab, a expectativa é que 13 milhões de sacas de café sejam colhidas no Sul de Minas.
CRÉDITOS: Foto principal = Portal Campo Belo // Modificado de CCCMG e Portal Campo Belo.