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Armazém Guapuã: a mais nova opção para os cafeicultores da Região da Alta Mogiana

Guapuã foi uma homenagem dada à cidade de Cristais Paulista, que abriga a família do diretor José Henrique Mendonça há quatro gerações.

A cafeicultura é uma das cadeias produtivas do agronegócio brasileiro que concentra particularidades distintas e exige do produtor a constante busca por conhecimento técnico e de mercado. Só assim conseguirá garantir sucesso no final da safra, seja por conseguir driblar as intempéries climáticas, seja por conseguir enxugar custos de produção, seja por aumentar a produtividade de sua lavoura. Mas, acima de tudo isto, garantir uma melhor remuneração ao seu café é uma das prioridades para o cafeicultor.

Concluídas todas as etapas inerentes ao ciclo anual da cultura (da florada à colheita), cabe ao cafeicultor, a partir de então, cumprir o que ficou definido em seu planejamento quanto à logística de armazenamento e comercialização do grão.

Levando-se em consideração os riscos de roubos, bem como a importância garantir a qualidade do grão de café, manter e armazenar o produto em sua propriedade somente com muito investimento em infraestrutura e segurança.

Garantir ao máximo o lucro da sua produção durante a comercialização sempre foi uma das maiores dificuldades para o cafeicultor. Encontrar um comprador que reconheça o trabalho do cafeicultor não é uma tarefa fácil. E foi com este propósito que um tradicional cafeicultor de Cristais Paulista (SP) construiu – a partir de um ideal compartilhado por vários de seus amigos cafeicultores –, um armazém de cafés com características diferenciadas, que busca atender as principais expectativas dos cafeicultores da Região da Alta Mogiana.

Inaugurado neste mês de agosto, o Armazém Guapuã está localizado na Avenida Antônio Prado, em Cristais Paulista (SP), do lado do ginásio municipal, em uma área de quase 30.000 mil metros quadrados e 3.500 mil metros quadrados de construção, com capacidade de até 120.000 sacas de café.

“Projetamos um armazém que pudesse favorecer o cafeicultor em diversos aspectos: acesso rápido e prático; flexibilidade de horários; segurança; agilidade no descarregamento; e, por fim, uma comercialização diferenciada, totalmente diferente do que existe em nossa região”, garantiu José Henrique Mendonça, proprietário do Armazém Guapuã, além de presidente do Sindicato Rural de Franca, presidente da Fundação Experimental do Café da Alta Mogiana e presidente da AEAGRO – Associação dos Empreendedores do Agronegócio de Franca e Região.

José Henrique Mendonça visitou vários armazéns de café nos Estados de São Paulo e Minas Gerais para encontrar um modelo que satisfizesse a necessidade do cafeicultor da Região da Alta Mogiana. “Primeiramente, gostaria de destacar a implantação de diferenciais de sustentabilidade no Armazém Guapuã. Toda a água utilizada no armazém é proveniente das chuvas. É captada por drenagem em todo o terreno da área construída e armazenada. A energia elétrica que utilizamos é fotovoltaica. E todo o esgoto proveniente do armazém é tratado dentro da área do próprio armazém. “É responsabilidade para com o meio ambiente”, explicou.

José Henrique Mendonça, diretor do Armazém Guapuã.

DIFERENCIAIS

O Armazém Guapuã dispõe de um sistema de segurança diferenciado, que garante a segurança 24 horas, desde a chegada da carga, passando pelo período de armazenamento até a comercialização final. “O cafeicultor pode ficar despreocupado também pois dispomos ainda de um seguro armazenagem e comercialização”, disse.

O acesso ao Armazém Guapuã também favorece a agilidade no processo de descarregamento. “Mesmo que cheguem vários caminhões ao mesmo tempo para descarregar, o processo é muito rápido, não forma fila. O mecanismo é muito enxuto, mas muito ágil. Primeiramente, dispomos de duas alças de acesso, com dois portões amplos, uma pela Av. Antônio Prado e a outra pela R. Luís Rodrigues Nunes, facilitando o acesso dos caminhões. Outro ponto positivo que destaco no Armazém Guapuã está na rapidez no descarregamento. Dispomos de uma balança com capacidade para 100 toneladas, com duas moegas de recebimento e tombador. Trata-se do único armazém em toda a região que dispõe de silo para embarque dotado de alta capacidade de descarga. Consigo distribuir rapidamente para dentro do armazém até 2.400 sacas por hora e para embarque até 100 sacas por minuto, ou seja, 6.000 sacas hora. Em apenas 5 minutos carregamos uma carreta com 500 sacas. Tudo isto facilita a logística de descarregamento do café”, explicou José Henrique.

Outro ponto destacado e que contribui diretamente com o cafeicultor que pretende armazenar seu café no Armazém Guapuã está na flexibilidade de dia e de horários. “Dispomos de uma equipe treinada e capacitada e a entrega do café pode ser realizada em seis dias por semana, das 7 horas da manhã até às 20 horas”.

Quando questionado sobre o custo de armazenamento, José Henrique foi enfático: “trata-se do armazém de café com um dos menores custos de toda a Região da Alta Mogiana”.

Balança com capacidade para 100 toneladas (acima e abaixo).
Uma das duas moegas de recebimento de café

PREMIAÇÃO

A construção do Armazém Guapuã também foi pensada em garantir a qualidade dos grãos de cafés ali depositados. “É um armazém que foi projetado visando atender o cafeicultor mais exigente, toda sua estrutura e angulação de cobertura foi criada para que o produto venha a ficar armazenado por um tempo maior, evitando perdas a sua qualidade. “É um espaço adequado, com temperaturas propícias para o armazenamento do café”, disse Mendonça.

Um dos pontos chaves, que garantem o maior diferencial do Armazém Guapuã, está na possibilidade de comercialização dos cafés em mercados diferenciados.

“Primeiramente, por formalizar uma parceria com a MCC Specialty Coffee Exportadora, o Armazém Guapuã dispõe de exclusividade na comercialização de garantia de preço mínimo de café dentro do Estado de São Paulo. Nenhum outro armazém de café da região dispõe desta modalidade. Especialmente para cafés especiais e cafés tipo exportação.

A IDEIA DE CONSTRUÇÃO

De acordo com José Henrique Mendonça, inicialmente a ideia era construir apenas um armazém na sua fazenda para armazenar a sua produção. Contudo, durante o período em que fez parte da Associação de Agropecuaristas de Cristais Paulista e Região e do Conselho de Desenvolvimento Rural, o trabalho desenvolvido juntamente a outros cafeicultores, com relação à certificação de suas propriedades, o fez pensar em algo maior.

“Naquela época, conseguimos alcançar mercados diferenciados. Tivemos cafés premiados, trazendo benefícios e remuneração a todos os cafeicultores, principalmente cafés com alto nível de peneira e de boa bebida. Esta ideia e esta conquista me marcaram muito. Com o passar do tempo, reuni esforços para construir este armazém, como forma de ampliar aquela sementinha que havia sido plantada anteriormente. Desta forma, a ideia agora é atender todos os cafeicultores da região que buscam um diferencial de mercado, com uma remuneração diferenciada para cafés de qualidade, aspecto e bebida”, disse.

Segundo Mendonça, o cafeicultor é premiado toda vez que ele consegue reunir estas características. “Ele recebe um ágio em cima do seu produto. Só neste início de agosto, já premiamos mais três lotes de cafés. Lotes com 84, 85 e 86 pontos. É isto que garantimos aos cafeicultores: qualidade no atendimento, acessibilidade, agilidade, comércio diferenciado, premiação em lotes com qualidade, flexibilidade de horários, segurança, credibilidade, caráter, honestidade e, principalmente respeito ao reconhecimento pelo trabalho árduo do cafeicultor”, explicou.

O armazém possui dois pontos de acesso dos caminhões, com portões amplos: a primeira alça pela Av. Antônio Prado.
E a segunda alça de acesso pela R. Luís Rodrigues Nunes.

A ORIGEM DO NOME GUAPUÃ

No início do século, Alexandre Vilela doou parte de suas terras para a formação do aglomerado urbano. Em 28/07/1910, pela Lei Estadual n.º 1202, foi criado o “distrito de Crystaes”, nome este alterado em 30/11/1944, para Guapuã, por força do Decreto Estadual n.º 14334.

O distrito recebeu os benefícios da energia elétrica em 1913 e a construção da atual igreja, em louvor à padroeira, Nossa Senhora da Abadia, foi iniciada em 1920. A elevação de Guapuã a município se deu em 18 de fevereiro de 1959 pela Lei Estadual n.º 5285 e seu nome foi alterado para Cristais Paulista, pela Lei Estadual n.º 8092, de 28/02/1964.

“O nome de Guapuã foi dado por mim e minha família para o nosso armazém como forma de homenagear o município de Cristais Paulista (SP). É a cidade que hospeda a minha família há mais de 50 anos, que nos acolheu e sempre nos trouxe muita alegria a toda nossa família. Estamos na quarta geração, desde o nosso bisavô Manuel Pedro”, finalizou José Henrique Mendonça.

SERVIÇOS
ARMAZÉM AGROPECUÁRIO GUAPUÃ LTDA.
Av. Antônio Prado, 2000, Centro, Cristais Paulista (SP)
Cel. (16) 99215-6112
Email: armazem.guapua@gmail.com

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