A equipe da EPAGRI – Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina foi ao Sul de Santa Catarina conhecer uma propriedade que está em fase de mudança. É a transição do cultivo convencional para produção orgânica. Uma etapa de investimentos, de muito trabalho, onde as recomendações técnicas fazem toda a diferença para viabilizar a produção.
São três culturas agrícolas que renovaram as esperanças do jovem agricultor Erick Sartor, do município de Meleiro (SC). Depois de sair do campo e trabalhar no comércio da cidade, ele descobriu que o que queria mesmo era investir em agroecologia. Há 2 anos Erick segue uma série de exigências para obter o selo oficial de propriedade 100% orgânica. A expectativa é obter a certificação até o mês de março.
“Tenho cerca de 600 pés de pitaia plantados, 630 pés de tomate e 10 mil pés de abacaxi. Para nós, a certificação é um atestado de que todos os nossos produtos são limpos. Isso valoriza nossa produção. É isso que eu quero e acho que estou no caminho certo”, conta Erick.
E o jovem agricultor está certo quando fala em agregação de valor. No caso do tomate, que é a principal renda da propriedade, a caixa de 20kg do produto orgânico chega a ser vendida por R$ 80,00 enquanto o convencional fica em torno de R$ 30,00. É essa valorização que o agricultor espera ao se dedicar tanto à agroecologia.
Nesse contexto de produção orgânica, o cultivo protegido tem um papel fundamental para viabilizar as plantações livres de agroquímicos. Quem explica mais sobre o método é Darlan Rodrigo Marchesi, coordenador estadual do Projeto Olericultura da EPAGRI. “A tecnologia do cultivo em abrigo tem se difundido em todo Estado e tem se adaptado bem às condições locais e regionais, tendo em vista diferentes características de clima e solo para o cultivo de produtos agrícolas, principalmente hortaliças”, afirma Darlan.