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[Silas Brasileiro] – Balanço Semanal do CNC — 06 a 10/08/2018

SILAS BRASILEIRO

Presidente-Executivo do CNC – Conselho Nacional do Café. Deputado Federal

http://www.cncafe.com.br

 

Funcafé: 21 agentes assinam contratos para operar recursos

CNC informa que novos contratos serão assinados em breve. Volume liberado até o momento é de R$ 3 bilhões

Na segunda-feira, 6 de agosto, a Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou, no Diário Oficial da União (DOU), 21 extratos de contratos para a operação dos recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé).

Segundo o presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), Silas Brasileiro, a assinatura dos contratos por parte do ministro Blairo Maggi é resultado do trabalho realizado pela entidade junto ao Governo Federal ao longo dos últimos meses.

“Mantivemos reuniões com o Mapa, em especial com o Departamento do Café, para darmos celeridade na liberação dos recursos. Desde o começo desta semana, essas 21 instituições financeiras já podem disponibilizar o dinheiro aos cafeicultores e a nossas cooperativas de produção”, informa.

O valor total do repasse até o momento é de R$ 3 bilhões e foi feito para os agentes ABC Brasil, Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo, BBM, BMG, Bradesco, China Construction Bank, Citibank, Bancoob, Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais, Fibra, Itaú Unibanco, Original, RaboBank, Ribeirão Preto, Votorantim, Sicoob Credialp, Sicoob Credicarmo, Sicoob Agrocredi, Sicoob Credivar, Sicoob Coopacredi e Sicoob Credinter.

“Para este ano, o Funcafé conta com R$ 4,9 bilhões. O restante do orçamento deve ser repassado muito em breve a outros 16 agentes credenciados, conforme nos comunicou o Governo Federal”, revela Brasileiro.

O presidente do CNC orienta para que produtores e cooperativas contatem suas instituições para fazer a tomada do crédito. “É hora de ter capital em mãos para não nos vermos obrigados a vender a safra atual, que está em colheita, a cotações pressionadas. Com os recursos do Funcafé podemos nos programar e diluir as vendas, aproveitando os picos do mercado”, explica.

Do total liberado, R$ 1,86 bilhão foi destinado à linha de Estocagem; R$ 1,1 bilhão para Custeio; R$ 1 bilhão para FAC; R$ 425,2 milhões para Capital de Giro às Cooperativas de Produção, R$ 300 milhões para torrefações e R$ 200 milhões de giro para indústrias de café solúvel; e R$ 10 milhões para recuperação de cafezais danificados.

Para a safra 2018, os juros do Funcafé foram reduzidos para 7% ao ano no caso de Custeio, Estocagem e FAC Cooperativas e para 9,5% nas linhas de Capital de Giro e FAC (com exceção às cooperativas). “A partir deste ano, o Governo ajustou o prazo de contratação dos recursos, que passa a ter ciclo de 12 meses para todas as linhas, respeitando o período de 1º de julho a 30 de junho do ano seguinte”, conclui o presidente do CNC.

 

Produtores de café conilon e robusta podem se associar à BSCA

Excelência e resultados dos empresários que trabalham com Coffea Canephora abriram portas da principal entidade de cafés especiais do Brasil

Na terça-feira, 7 de agosto, a Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), entidade que compõe o quadro de associados do Conselho Nacional do Café (CNC), comunicou que abriu aos empresários da cadeia produtiva dos cafés conilon e robusta a possibilidade de se filiarem à instituição.

A decisão, de acordo com a BSCA, deu-se após uma série de análises e observações do trabalho que os produtores da espécie Coffea Canephora realizam no Brasil, focando cada vez mais em qualidade, excelência e alcançando resultados muito expressivos.

“Esse é um motivo de satisfação, pois a cafeicultura brasileira é única, sem distinção de espécies e variedades. É, também, um reconhecimento da excelência que os empresários da cadeia dos cafés conilon e robusta vêm realizando, puxados, no Espírito Santo, por exemplo, pelas pesquisas do Incaper, pela liderança de nossas cooperativas e do braço capixaba da OCB, tão bem coordenados pelo nosso conselheiro diretor Bento Venturim, presidente do Sicoob Central ES”, destaca o presidente do CNC, Silas Brasileiro.

No Brasil, as duas variedades da espécie Coffea Canephora mais cultivadas são conilon e robusta. Em 2018, elas representarão aproximadamente 24% da produção nacional, com a colheita estimada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em 13,7 milhões de sacas de 60 kg (safra total de 58 milhões de sacas). Os principais Estados produtores da espécie são Espírito Santo, Bahia e Rondônia.

Os contratos futuros do café permaneceram praticamente estáveis no mercado internacional, em uma semana com baixa volatilidade, sem novidades nos fundamentos e com a força do dólar e o avanço da colheita no Brasil, o maior produtor mundial, travando a possibilidade de altas.

Na Bolsa de Nova York, o contrato “C” com vencimento em setembro de 2018 caiu 10 pontos na semana, negociado a US$ 1,0765 por libra-peso no fechamento do pregão de ontem. Na ICE Europe, o vencimento setembro do café robusta encerrou os negócios da quinta-feira a US$ 1.671 por tonelada, aferindo ganhos de US$ 9.

O dólar se fortaleceu puxado por números da inflação dos Estados Unidos, onde o índice de preços ao produtor ficou estável no mês passado, situando-se abaixo da previsão de analistas, que esperavam crescimento de 0,2%.

No Brasil, a divisa norte-americana avançou com a saída de investidores estrangeiros, que adotam precaução no que diz respeito aos cenários fiscal e eleitoral do País. Ontem, a moeda encerrou a sessão a R$ 3,8034, com ganhos semanais de 2,6%.

Em relação ao clima, a Somar Meteorologia informa que o cinturão cafeeiro deve voltar a ficar seco. No sábado, a frente fria influencia o tempo, podendo ocasionar chuvas fracas, mas somente no Espírito Santo e no norte de Minas Gerais. Para as outras áreas do Sudeste, a previsão é de tempo firme, com sensação de frio pelas manhãs.

No mercado físico, segundo agentes consultados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), os negócios permanecem calmos, com os vendedores retraídos. Os indicadores calculados pela instituição para as variedades arábica e robusta foram cotados a R$ 423,83/saca e a R$ 313,84/saca, respectivamente, com variações de 0,9% e -1,2%.

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