SILAS BRASILEIRO
Presidente do CNC – Conselho Nacional do Café. Deputado Federal
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OIC aponta leve superávit na produção mundial de café
CNC recorda que cenário já era previsto e que é necessário o produtor se atentar aos números oficiais para desenvolver seu trabalho
Esta semana, a Organização Internacional do Café (OIC) divulgou que o ano safra 2017/18 teve um superávit de 2,58 milhões de sacas na oferta mundial do produto, com a safra internacional estimada em 164,81 milhões e o consumo em 162,23 milhões de sacas.
Diante desse cenário, o presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), Silas Brasileiro, recorda a importância de se trabalhar a elevação do consumo da bebida, de forma que se evitem futuros excessos de oferta e depreciação das cotações.
“Esses números refletem a necessidade que defendemos com mais intensidade ao longo dos últimos três anos nos fóruns globais, que é a elevação do consumo de café, principalmente nos países produtores. Orientamos essas nações a seguirem o bom exemplo do Brasil, que absorve 40% de sua produção no mercado interno. Com responsabilidade, sempre pontuamos que quaisquer programas para a elevação da produção esteja obrigatoriamente atrelado ao crescimento do consumo”, anota.
O presidente do CNC orienta os produtores a voltarem sua atenção para os dados oficiais da cafeicultura brasileira e mundial, deixando de lado os “achismos” ou as próprias crenças para que possam desenvolver a atividade em cima de fatos e não boatos.
“Historicamente, vemos muitos especuladores na cafeicultura, que inventam números para assustar ou tirar proveito no que se refere à comercialização. Como representantes dos produtores, sempre repudiamos tal postura e rebatemos as especulações com as verdades. No começo deste ano, por exemplo, já havíamos identificado a necessidade de mais recursos ao setor para o ordenamento da oferta devido à ciência de uma safra maior, como evidenciou a OIC em seu relatório. Nosso trabalho resultou em recursos recordes do Funcafé para as linhas de Estocagem e Custeio, mesmo diante de um cenário fiscal desfavorável no Brasil”, revela.
O Fundo de Defesa da Cafeicultura Brasileira conta, para a safra 2018, com R$ 1,862 bilhão destinado à Estocagem, dos quais R$ 1,433 bilhão já foram repassados aos agentes financeiros. Os recursos para a linha de Custeio, que podem ser convertidos em Estocagem conforme o Manual de Crédito Rural, somam mais R$ 1,1 bilhão, com o envio às instituições chegando a R$ 583 milhões.
Em meio ao cenário superavitário de oferta, Silas Brasileiro explica que esses recursos do Funcafé são essenciais para que os produtores possam comercializar sua safra ao longo dos 12 meses, evitando que as vendas sejam realizadas nos momentos de depreciação dos preços.
Segundo ele, a oferta maior também não é motivo para preocupação, uma vez que os estoques estão em níveis historicamente reduzidos. Porém, o presidente do CNC recomenda que os produtores tenham atenção à realidade, não se deixando levar pelos “achismos” que indicam falta de café e possíveis sobrepreços.
“Reiteramos a necessidade de todos focarem a realidade do mercado, que é de equilíbrio entre oferta e demanda atualmente. Não podemos estimular plantios desregrados de café em novas áreas, mas sim a renovação gradual do nosso parque cafeeiro, com variedades mais resistentes a pragas e doenças e também mais produtivas, o que nos possibilitará suprir a demanda crescente de forma responsável, em um cenário que permita que a cafeicultura mantenha sua importância econômica e, em especial, a social e a ambiental, preservando nossas propriedades e gerando milhões de empregos”, conclui.
CNC assina termo para uso da marca “O Melhor do Agro Brasileiro”
Programa objetiva destacar a qualidade, a inocuidade e a sustentabilidade do café brasileiro
Na quarta-feira, 10 de outubro, o presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), Silas Brasileiro, em audiência com o secretário de Relações Internacionais do Agronegócio do MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Odilson Ribeiro, assinou a adesão ao Termo de Autorização para Uso da Marca O Melhor do Agro Brasileiro.
“O programa tem o objetivo de ressaltar a qualidade, a inocuidade e a sustentabilidade dos produtos do agro nacional para promovê-los nos mercados externos. Nosso café é exemplo de sustentabilidade e, em trabalho conjunto com a cadeia, vamos evidenciar isso em nível mundial para agregarmos mais valor ao produto”, explica o presidente do CNC.
As ações do Plano “O Melhor do Agro Brasileiro”, que concede o direito de utilização do selo Brazil Agro Good for Nature nos produtos voltados à exportação, compreendem, entre outros, a organização da informação disponível sobre os temas que trazem impacto na consolidação da imagem do agronegócio nacional e a instituição de marca específica. A coordenação e a execução das ações estão sob responsabilidade da Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio do Mapa.
Funcafé repassa R$ 3,2 bilhões a agentes financeiros Volume enviado às instituições equivale a 71,5% dos R$ 4,5 bilhões contratados O volume de recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) repassado aos agentes financeiros, com data de referência de 5 de outubro, subiu para R$ 3,223 bilhões, representando 71,5% dos R$ 4,510 bilhões contratados pelas instituições até o momento. A informação foi apurada pelo Conselho Nacional do Café (CNC) junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Para o presidente da entidade, Silas Brasileiro, os cafeicultores e as cooperativas de produção devem procurar seus agentes e demandar os recursos, que são importantes em meio ao cenário de preços aviltados. “O Funcafé é vital para a cafeicultura brasileira e o setor produtor necessita desses recursos para poder escalonar a comercialização de sua safra, almejando rentabilidade e não se vendo na necessidade de vender em momentos de cotações pressionadas, que mal cobrem os custos de produção”, explica. Do montante recebido pelas instituições financeiras até 5 de outubro, R$ 1,433 bilhão foi destinado para a linha de Estocagem; R$ 652,7 milhões ao Financiamento para Aquisição de Café (FAC); R$ 582,5 milhões para Custeio; e R$ 554,9 milhões para as linhas de Capital de Giro (R$ 260,6 milhões para Cooperativas de Produção, R$ 162,3 milhões para Indústrias de Torrefação e R$ 132 milhões para o setor de Solúvel). |
Preços do café sobem nas bolsas internacionais
Desvalorização do dólar frente ao real mantém cenário favorável aos avanços
Em meio ao cenário de perda de força do dólar frente ao real, os futuros do café registraram nova valorização na semana. Ontem, a moeda dos Estados Unidos encerrou o pregão a R$ 3,7635, acumulando perdas semanais de 2,4%.
Na Bolsa de Nova York, o vencimento dezembro/18 do contrato “C” evoluiu 295 pontos, negociado a US$ 1,119 por libra-peso. Na ICE Futures Europe, o vencimento novembro do café robusta fechou a quarta-feira a US$ 1.682 por tonelada, com avanço de US$ 27.
Em relação ao clima, os serviços meteorológicos apontam o avanço de uma frente fria e possibilidade de chuva nos próximos dias no Sul de Minas Gerais e nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Segundo a Somar, as temperaturas não devem cair muito e a sensação de calor predominará.
No Brasil, o mercado permanece calmo, com os agentes retraídos. O feriado de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, amanhã, também afasta os participantes. Os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e conilon foram cotados a R$ 433,03/saca e a R$ 328,13/saca, com variações de 0,5% e 0,1% respectivamente.
Atenciosamente,