Bovinos de Corte

Pecuarista amplia capacidade de abate em cinco vezes ao intensificar a recria e terceirizar engorda dos animais

Dentro da fazenda, implantou capins Tifton 85 e adotou a rotação de pastagens, o que o ajudou a triplicar a produção de arrobas por hectare, principal métrica da pecuária de corte atual.

A busca por maior eficiência levou o pecuarista Oswaldo Stival Neto, proprietário da Fazenda Boi Verde e outras cinco em Goiás, a adotar um novo modelo de operação. Ao decidir intensificar a recria e utilizar a MFG Agropecuária para terminar os animais, ele aumentou a rentabilidade da engorda a pasto a ponto de crescer cinco vezes a capacidade de abate, em menos de dez anos.

A história do produtor tem origem na tradição da família. Neto do fundador de Nova Veneza (GO), município criado por imigrantes italianos e com forte vocação agropecuária, Oswaldo Stival Neto – terceira geração de pecuaristas – cresceu em um ambiente marcado pela criação de gado.

O avô atuava no ciclo completo e o pai na fase de engorda, caminho que seguiu até voltar às atenções à recria, apoiado pelo conhecimento adquirido na graduação em Zootecnia. Passou a investir na produção a pasto, implantando áreas com Tifton 85, com apoio da Amazon Mudas, e adotando o sistema rotacionado, manejo que o permitiu triplicar a produção de arrobas por hectare.

Desde 2008 tinha confinamento próprio, no entanto, durante visitas a algumas propriedades nos Estados Unidos, viu como a elevação dos custos de produção poderia impactar o negócio, decidindo utilizar a ferramenta de forma estratégica nas operações. A mudança de chave ocorreu em 2015, quando conheceu a engorda terceirizada, prática que ganhou impulso três anos depois, ao consolidar parceria com a unidade de Mineiros (GO) da MFG Agropecuária.

O primeiro lote enviado teve duas mil cabeças e, em 2025, o volume alcançou dez mil. “A maior vantagem do confinamento é finalizar as arrobas produzidas a pasto, sem deixar os animais entrarem na seca e perderem parte da carcaça produzida. Além disso, consigo ter uma previsibilidade da escala de abate e ainda fazê-lo na entressafra, quando os preços estão melhores”, observa, lembrando também da possibilidade de esvaziar a fazenda, repondo, aos poucos, o gado que será engordado na próxima estação chuvosa.

Para Vagner Lopes, gerente de Confinamento da MFG Agropecuária, o resultado está ligado diretamente ao planejamento e ao uso adequado de tecnologia. “Stival intensificou a recria, prima pela qualidade da reposição e conduz um sistema eficiente de pastagens. Ele é criterioso em cada decisão e encontrou em nossa estrutura a segurança necessária para engordar seus animais”, afirma o gerente.

O produtor compra garrotes de abril até novembro e os envia à MFG de fevereiro a agosto. A meta de 2027 é antecipar as remessas para janeiro, para completar oito meses de compra e outros oito de venda. Segundo o pecuarista, os bois entram no cocho com cerca de 15@, onde permanecem entre 110 e 115 dias. No período, ganham, em média, 1,15 kg de carcaça diariamente, o que representa oito arrobas adicionais. “Esse desempenho está acima da média”, avalia. Para tanto, também busca produtos diferenciados no mercado: garrotes da raça Nelore, com idade média de 18 meses e peso entre 9 e 11@. Eles são abatidos com 23@.

Stival reforça que a relação entre as partes vai além da operação comercial. “Existe transparência e flexibilidade. Cada negócio tem sua particularidade e a MFG trabalha para atender as demandas do parceiro”, explica ele, ressaltando a escala de abate e a garantia de venda dos produtos, entre outros diferenciais já citados das parcerias de engorda.O sentimento é mútuo. A MFG leva o exemplo da Fazenda Boi Verde para outras fronteiras e marca presença nos dias de campo organizados pelo pecuarista, mostrando a outros produtores como funciona a integração entre a recria intensificada e a terminação em confinamento.

Jeovane, Vanderlei, Cold, Stival e Vagner

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