Com a queda na qualidade das forragens, manejo nutricional e suplementação estratégica são decisivos para evitar perdas produtivas e garantir rentabilidade na pecuária.
Com a chegada das estações de outono e inverno, a queda na qualidade e na disponibilidade das pastagens se torna um dos maiores desafios enfrentados pelos pecuaristas em diversas regiões do Brasil. A escassez de forragem e a perda de valor nutricional impactam diretamente no desempenho dos animais, exigindo atenção redobrada com o manejo alimentar.
De acordo com Mariana Lisboa, gerente nacional de Nutrição da Supremax, a suplementação estratégica é essencial para manter a produtividade do rebanho e evitar prejuízos durante a entressafra. “Nesse período, os bovinos podem perder até 10% do peso corporal por falta de planejamento nutricional. Isso atrasa a terminação, compromete a fertilidade e reduz a rentabilidade do sistema”, explica.
Com o crescimento das forragens comprometido pelo frio ou seca, o pasto se torna escasso e perde valor nutricional. A baixa ingestão de matéria seca, aliada à menor digestibilidade e ao déficit energético, colocam o desempenho produtivo e reprodutivo dos animais em risco. “O ideal é sempre agir de forma preventiva, iniciando a suplementação ainda no fim da estação chuvosa”, orienta a especialista.
Mariana destaca que a escolha do suplemento ideal deve considerar as necessidades específicas de cada categoria animal, de acordo com os objetivos de ganho e tempo de cada ciclo. “Os bezerros desmamados, por exemplo, devem receber produtos com alto teor de energia e proteína. Em sistemas de creep feeding, o ideal é fornecer 1% do peso vivo em suplemento de alta qualidade. Já para novilhas/garrotes em recria, balancear energia e proteína no melhor custo-benefício. Matrizes e vacas prenhes demandam suplementação específica, de modo a manter balanço energético positivo. E, por fim, os animais em terminação necessitam de misturas energéticas voltados para um ganho de peso mais acelerado”.
Além disso, é importante ficar atento para não cometer alguns erros bastante comuns nesse período, como o início tardio da suplementação, a subdosagem dos produtos, a ausência de ajustes por categoria animal e a dependência exclusiva da pastagem seca.
Para mitigar os efeitos da entressafra sobre o desempenho do rebanho, a especialista recomenda três estratégias principais:
– Suplementação estratégica: Suplementos proteico-energéticos são fundamentais para corrigir o desequilíbrio nutricional causado pela baixa qualidade da pastagem. A base da suplementação deve incluir sempre a oferta adequada de minerais, como sódio, cálcio e fósforo, conforme a época do ano. Além disso, produtos com alta concentração de ureia são indicados para estimular a atividade das bactérias ruminais, favorecendo a digestão das forragens de menor valor nutritivo.
Suplementação volumosa: Silagem (milho e sorgo), feno de gramíneas e capineiras ou cana-de-açúcar suplementada com ureia são alternativas eficazes para complementar a dieta e reduzir a dependência exclusiva do pasto.
Melhoria do pastejo: A rotação de piquetes e o cultivo de gramíneas perenes ou tolerantes à seca ajudam a prolongar a disponibilidade de forragem e melhoram o aproveitamento das áreas. Gramíneas como Brachiaria spp. e Panicum spp. apresentam bom desempenho durante a entressafra.
“Com suplementação adequada, é possível manter e até melhorar o ganho médio diário dos animais durante a entressafra, além de preservar a fertilidade das matrizes com menor taxa de aborto e intervalos entre partos, e encurtar o tempo de terminação. Os benefícios econômicos e produtivos são evidentes. É muito importante ter em mente que a suplementação estratégica não é custo, é investimento”, reforça Mariana.
O portfólio da Supremax conta com soluções completas para diferentes categorias e fases do ciclo produtivo, com suplementos desenvolvidos para garantir desempenho mesmo em condições adversas, como Supremax Top Creep, Supremax Max Power, Supremax Ração Semi Confinamento 18, Ração Dieta Total. Os produtos estão disponíveis nas lojas da Nossa Lavoura, localizadas nos estados de Rondônia, Acre, Amazonas e Mato Grosso, e nas unidades da Agroline, com presença física em Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Pará, além da venda online.