Bovinos de CorteBovinos de Leite

Manejo sanitário no período de cria melhora desenvolvimento do bezerro

Especialista orienta que o pré-parto também exige atenção para aumentar a resposta imunológica do animal.

Evoluir para manejos sanitários mais efetivos é uma forma de tornar a produtividade nas fazendas ainda mais lucrativa. Porém, de acordo com Ingo Mello, gerente técnico da Ourofino Saúde Animal, alguns erros acontecem frequentemente nesse campo e um ponto de atenção é a fase de cria do bezerro, que se intensifica neste período do ano e impacta a qualidade de vida e desenvolvimento do animal a longo prazo.

No entanto, o profissional da Ourofino alerta: “Antes ainda de pensar nas melhores práticas para tornar as crias mais saudáveis, deve-se instituir práticas de pré-parto que ajudem a prevenir os abortos e a morte embrionária, além de servirem para melhorar a taxa de fertilidade das fêmeas que serão inseminadas artificialmente, prática altamente recomendada por promover a prenhez mesmo em período de anestro (quando o cio biológico não se manifesta)”.

Segundo Ingo, a Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) ajuda o processo de cria e recria por concentrar os nascimentos em um único período na propriedade, o que, em consequência, gera bezerros mais pesados no período de desmama. Outra vantagem da prática é o melhoramento genético do rebanho em comparação aos bezerros nascidos a partir da monta natural. Um levantamento feito por docentes da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (USP) aponta que a IATF proporcionou ganhos de R$3,5 bilhões em 2018 para a cadeia de produção de corte e de leite brasileira.

Ainda no período de pré-parto, a infestação parasitária é um problema desafiador para a grande maioria das propriedades brasileiras, tendo em vista que o país apresenta clima tropical, que mescla o calor e a umidade em diversas regiões. Por isso, as vacas direcionadas para o sistema de cria devem estar livres ou com um baixo grau de manifestação parasitária, sejam dos tipos internos, sejam externos. Nesses casos, o pecuarista pode recorrer aos endectocidas, como o Master LP, solução da Ourofino com alta concentração de Ivermectina e de longa ação que atua para eliminar parasitas, protegendo os animais por mais tempo e resultando em melhor desempenho produtivo.

“Manter frequente e sistematicamente o controle de parasitas é extremamente recomendado como medida preventiva. Apesar disso, é comum ver pecuaristas que começam esse manejo quando o rebanho já está com 100% dos animais estão acometidos pelo problema”, pontua Ingo. Ainda de acordo com o gerente técnico, a vacinação contra doenças infecciosas, como a clostridioses, também entra como uma medida para assegurar tanto a qualidade de vida das fêmeas quanto para melhorar a imunidade do bezerro.

Outro ponto de atenção é que, a partir da ingestão do colostro, que é naturalmente reforçado quando há maior controle sanitário vacinal no período de gestação, o recém-nascido que mamou adequadamente apresentará uma imunidade mais eficiente e duradoura.

Com todas essas ações preventivas é possível reduzir a taxa de mortalidade, que geralmente é superior aos 5%. De acordo com o especialista, a taxa de mortalidade pode aumentar muito quando os cuidados indicados não são adotados. “Em sistemas com maiores riscos sanitários, com muitas falhas de manejo e higiene ambiental precária, o indicador de mortalidade pode chegar a 28% nas primeiras semanas de vida do bezerro.”

Nesse estágio inicial de vida, as principais enfermidades são as diarreias, meningites bacterianas e pneumonias, além da tristeza parasitária/anemia, amarelão e clostridioses. A cura do umbigo é outro dentre os cuidados recomendados, até porque as consequências de infecções nos locais são de longo prazo. “Uma infecção de umbigo pode atrasar em 25% o ganho de peso até a desmama. Bezerros com umbigos inflamados e infeccionados desmamam mais leves, mesmo depois de curados”, salienta Ingo, reforçando a importância do manejo sanitário preventivo para o melhor desempenho do setor.

Ingo Mello, gerente técnico da Ourofino Saúde Animal

Sobre a Ourofino Saúde Animal

Com 32 anos de atuação, a Ourofino Saúde Animal é uma empresa brasileira de capital aberto e com atuação internacional. Mantém escritórios próprios no México e na Colômbia, além de parcerias estratégicas que levam os produtos da marca para vários países. É composta por diferentes empresas, que atuam na fabricação e distribuição de produtos veterinários, e tem seu complexo industrial instalado em Cravinhos (SP), em uma área de 180 mil m², sendo considerado um dos mais modernos do setor.

A companhia atende a rigorosas normas globais para fabricação de soluções para bovinos, equinos, aves, suínos, cães e gatos. Atualmente, o portfólio conta com mais de 100 itens, com 150 apresentações diferentes dos produtos.

Fundada pelos empreendedores Norival Bonamichi e Jardel Massari, a Ourofino atua sob o propósito de reimaginar a saúde animal, instigando o desenvolvimento sustentável e consciente do setor. A indústria soma mais de mil colaboradores, incluindo a maior equipe comercial no Brasil, para atender a revendas, cooperativas, distribuidoras, agroindústrias e produtores rurais.

 

FONTE: Talita Macário – ComTexto Comunicação Integrada
 talita@ctexto.com.br 

Related posts

SINDILAT se reúne com a ministra da Agricultura nesta quinta-feira

Mario

[Glayk Humberto e Vânia Mirelle] – Impactos da nutrição sobre a reprodução de vacas leiteiras

Mario

Manejo eficiente, lucratividade e carne de qualidade foram pilares do Dia de Campo Brangus HP

Mario

Deixe um Comentário

Este site utiliza cookies para melhorar sua experiência. Presumiremos que você concorda com isso, mas você pode cancelar se desejar. Aceitar Leia Mais