O Evento, que reunirá especialistas brasileiros e europeus para debater avanços e soluções para a produção nacional, receberá trabalhos até dia 18/08
A cidade de Campinas (SP) será palco do I Simpósio Brasileiro de Olivicultura, um evento técnico-científico que reunirá diversos elos do setor da olivicultura nacional e internacional. O simpósio ocorrerá nos dias 18 e 19 de setembro de 2025, no auditório da sede da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, localizado na Avenida Brasil, 2340, Jd. Chapadão. O evento promete debates essenciais sobre avanços técnicos, soluções para doenças e estratégias de mercado. Interessados devem submeter seus trabalhos até o dia 18 de agosto de 2025.
O Simpósio é realizado e organizado pela Apta Regional de Piracicaba e pelo Instituto Agronômico (IAC-Apta), com o apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa Agrícola (Fundag), instituições que se destacam na pesquisa e inovação no agronegócio paulista, tem por objetivo principal debater estratégias para o cultivo de oliveiras em condições subtropicais, abordando desafios como mudanças climáticas, o avanço de doenças como a seca progressiva de ramos causada pela bactéria Xylella fastidiosa, além da busca por novas estratégias de produção e comercialização.
A coordenadora do evento, pesquisadora da Apta Regional de Piracicaba, Edna Ivani Bertoncini, destaca a importância da iniciativa, ressaltando que é “preciso unir esforços para enfrentar os desafios do cultivo de oliveiras em condições subtropicais e garantir a valorização do azeite nacional, superior ao importado.”
Segundo Edna, diante do crescimento do setor no Brasil, o Simpósio “trará soluções para aumento da produtividade, redução de custos e competitividade no mercado, frente à concorrência com azeites importados, que são de qualidade inferior aos nacionais”.
O evento, com vagas limitadas, é dirigido aos produtores de oliveiras, engenheiros agrônomos, técnicos, consultores, pesquisadores, professores, estudantes e demais integrantes da cadeia produtiva da olivicultura. Com uma programação diversificada e relevante, o Simpósio se consolida como uma oportunidade ímpar para troca de informações e fortalecimento do setor no país.
Além das palestras e mesas-redondas com especialistas renomados, o Simpósio contará com a apresentação de trabalhos científicos. Os resumos aprovados receberão ISSN e estarão disponíveis para consulta online, e aqueles apresentados na modalidade pôster contarão com certificação.
Interessados devem submeter seus trabalhos até o dia 18 de agosto de 2025 pelo e-mail juliana.teramoto@sp.gov.br
O SIMPÓSIO
Local: Auditório da Secretaria de Agricultura e Abastecimento – Avenida Brasil, 2340, Jd. Chapadão – Campinas (SP)
Comissão Coordenadora
Presidente: Edna Ivani Bertoncini – APTA Regional – Polo Centro Sul, Piracicaba (SP)
Secretária Geral: Patrícia Prati – – APTA Regional – Polo Centro Sul, Piracicaba (SP)
Coordenadora financeira: Angélica Prela Pantano – APTA/IAC, Campinas (SP)
Coordenadora Científica: Juliana Rolim Salomé Teramoto – APTA/IAC, Campinas (SP)
Inicia em: 18 de Setembro de 2025, 08h00
Termina em: 19 de Setembro de 2025, 13h30
Breve resumo: O cultivo comercial de oliveiras e produção de azeites é recente no Brasil, completa não mais que 20 anos, totalizando cerca de 12.000 hectares cultivados e distribuídos nos estados do RS (55%), MG (30%), SP (10%) e PR, SC, ES, RJ (5%). A produção nacional de azeites na safra 2022-2023 atingiu apenas 0,8% do volume importado, que gira em torno de 110 mil toneladas de azeites de oliva e 125 mil toneladas de azeitonas em conserva, ocupando a segunda posição no mercado importador mundial, representando imenso potencial para a olivicultura nacional, que já desponta com azeites extra virgens reconhecidos e premiados internacionalmente. Contudo, há desafios a serem superados no cultivo de oliveiras em condições subtropicais, desde as condições edafoclimáticas diversas as quais a planta vem se adaptando, necessidade de aumento de produtividade, redução de custos e competitividade com os azeites importados de qualidade inferior aos nacionais. Em um cenário futuro, despontam incertezas quanto às mudanças climáticas, avanço de doenças como a seca progressiva de ramos causada pela bactéria Xylella fastidiosa, e necessidades de novas estratégias de produção e comercialização, que serão debatidas nesse simpósio por especialistas brasileiros e europeus, juntamente com a cadeia produtiva.
Público Alvo: Produtores, técnicos, assessores, professores, pesquisadores, estudantes e profissionais de áreas afins.
Objetivo: Reunir a cadeia produtiva da olivicultura nacional e debater junto aos especialistas nacionais e estrangeiros, estratégias de melhoria da produção de azeitonas e comercialização de azeites de oliva.
Vagas limitadas: 150
Programação Técnica
(dia 18/09/2025)
8h – 8h30 – Recepção/registro participantes
8h30 – 9h15 – ABERTURA
9h15 – 9h55 Produção de oliveiras no Brasil: cenários e avanços – Ricardo Furtado MAPA/Brasil
9h55 – 10h35 Mudanças climáticas e o cultivo de oliveiras. Ações mitigatórias para o cultivo de oliveiras considerando as mudanças climáticas – Gabriel Blain – APTA/IAC, Brasil; Angélica Prela Pantano – APTA/IAC
10h35 – 10h50 Empresas patrocinadoras
10h50- 11h20 – INTERVALO – sessão de PÔSTERES, Coffe break
11h20 – 12h Palestra: Registro de agrotóxicos para oliveira (azeitona) – “Minor Crops”: Como a Organização Setorial Faz a Diferença – Elisangeles Souza – Assessora Técnica Sistema FAEP / Coordenadora Técnica Comitê Minor Crops Brasil
12h – 13h30 – ALMOÇO
13h30 -13h45 Empresas Patrocinadoras
13h45 – 14h25 Detecção e distribuição de Xylella fastidiosa em olivais brasileiros – Helvécio della Coletta-Filho – APTA/IAC, Brasil
14h25 – 15h05 Cigarrinhas vetoras de Xylella fastidiosa em pomares de oliveiras e técnicas de controle – Joao Roberto Spotti Lopes – Departamento de Entomologia e Acarologia, ESALQ, USP
15h05 15h40 Distribuição de Xylella fastidiosa em olivais italianos – estratégias de controle prevenção, e cultivares resistentes – Francesca Taranto/Cinzia Montemurro CNR/Università di Bari, Itália
15h40 16h15 Biodiversidade da oliveira na bacia do Mediterrâneo: um recurso valioso para identificar cultivares resistentes à Xylella fastidiosa– Francesca Taranto – CNR -Consiglio Nazionale delle Ricerche, Itália
16h15 – 16h45 – INTERVALO – sessão de PÔSTERES, Coffe break
16h45 – 17h25 Apresentação da Norma paulista para produção e comercialização de mudas de oliveiras – Luciano de Aquino Melo, Defesa Agropecuária/SP, Brasil
17h25 – 18h – DISCUSSÃO, mesa redonda
18h – ENCERRAMENTO – do primeiro dia e Coquetel
Programação Técnica
(dia 19/09/2025)
8h30 – 8h45 Empresas Patrocinadoras
8h45 – 9h35 Modelo de produção integrada de oliveiras, modelos de assistência técnica, valorização de azeites de oliva, participações em concursos, inserção em mercados locais e internacional – Francisco Pavão – APPITAD, Portugal
9h35 – 10h25 Ecofisiologia da frutificação do olival – Técnicas para melhoria da polinização e produção de oliveiras no hemisfério sul – Mercedes Arias – Facultad de Agronomía, Montevideo, Uruguai
10h25 – 10h55 – INTERVALO – sessão de PÔSTERES, Coffe break
10h55 – 11h30 Case de sucesso: Lagar H – primeira empresa de azeite carbono negativo certificada do mundo – Glenda Haas – Produtora de azeites, diretora Lagar H
11h30 – 12h – DISCUSSÃO – mesa redonda, encerramento
13h30 Partida, visita técnica Centro de Citricultura
Inscrições:
• PROFISSIONAIS DEMAIS EMPRESAS = R$250 até 18/8/25 e R$300 após 18/8/25
• ESTUDANTES, PRODUTORES OLIVA SP E PROFISSIONAIS DA SAA = R$150 até 18/8/25 e R$200 após 18/8/25
CURSO DE ANÁLISE SENSORIAL DE AZEITES
Outro destaque do evento será o Curso de Análise Sensorial de Azeites, que ocorrerá no dia 17 de setembro de 2025, das 14h às 18h, no auditório da Secretaria de Agricultura e Abastecimento.
Destinado a todos os públicos, com ou sem experiência na área, o curso será ministrado pelos especialistas Juliano Garavaglia, chefe do Painel de Análise Sensorial de Azeites de Oliva da UFCSPA/MAPA-LFDA/RS, eIsabel Machado, docente da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA).
A programação abordará desde conceitos introdutórios até sessões práticas de avaliação da qualidade e defeitos sensoriais do azeite. Serão oferecidas apenas 20 vagas, e os interessados devem garantir sua inscrição antecipadamente.
O CURSO
Ministrantes: Juliano Garavaglia e Isabel Kasper Machado
Vagas: 20
Público: público em geral, com ou sem experiência em sensorial de azeites.
Duração: 4h (14h às 18h)
Data: 17/09/2025
Local: Auditório da Secretaria de Agricultura e Abastecimento – Avenida Brasil, 2340, Jd. Chapadão – Campinas (SP).
Inscrições: R$ 450,00 até 18/08 – R$ 500,00 após 18/08
Programa
• Introdução e conceitos em análise sensorial de azeites de oliva;
• Parâmetros positivos e negativos;
• Método de análise sensorial de azeites e classificação;
• Painel sensorial, treinamento e requisitos normativos;
• Defeitos sensoriais (sessão prática de avaliação);
• Atributos de qualidade (sessão prática de avaliação).
Apta Regional
A Apta Regional, Instituição de Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo – ICTESP – é uma das sete instituições de pesquisa da Diretoria de Pesquisa dos Agronegócios (Apta), vinculada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (SAA). São 18 Unidades Regionais de Pesquisa e Desenvolvimento no estado de São Paulo, nas áreas de agronomia, zootecnia, pesca continental, sanidade vegetal, sanidade animal, agregação de valor em produtos de origem animal e vegetal, sistemas integrados de produção e segurança alimentar. Com soluções tecnológicas aplicadas na agricultura e na pecuária paulista, focadas nas peculiaridades locais e regionais, atendendo as necessidades das cadeias produtivas do agro.
Instituto Agronômico (IAC)
É uma instituição de pesquisa e extensão agrícola, sediada em Campinas, SP, que tem como objetivo gerar e transferir ciência, tecnologia e produtos para o setor agrícola. Fundado em 1887, o IAC é um importante centro de pesquisa no Brasil, com foco em otimizar os sistemas de produção vegetal, com responsabilidade ambiental e visando o desenvolvimento socioeconômico e a segurança alimentar.
