A China proibiu o uso de resíduos alimentares como ração de suínos em províncias que relataram surtos de febre suína africana bem como regiões vizinhas, disse o porta-voz do Ministério da Agricultura, em 13 de setembro último. A medida é a mais recente tentativa de deter a disseminação da doença. A informação foi divulgada nesta semana pelo site National Hog Farmer
O uso de sangue suíno como matéria-prima na produção de ração para suínos também foi proibido, disse o Ministério de Agricultura e Assuntos Rurais da China. O ministério exigirá que os produtores de ração para suínos enviem amostras para testes. Diante de qualquer teste positivo para o vírus, o produto deverá ser retirado do mercado e destruído.
A febre suína aficana é uma doença altamente contagiosa, sem cura e não tem vacina. Também pode ser transmitida via produtos suínos, ração animal ou por pessoas.
Além disso, a China proibiu o transporte de animais vivos de províncias infectadas, assim como regiões vizinhas, para conter a disseminação, interrompendo o comércio em todo o país e elevando os preços em algumas áreas, rs. Também fechou mercados de suíno vivo em 16 províncias.
Proibir o uso de resíduos de comida na alimentação de suínos teria prejudicado os pequenos agricultores, que muitas vezes recorrem a alternativas para cortar custos, especialmente quando os preços dos suínos estão baixos.
Por lei na China, resíduos de comida deve ser tratado termicamente para matar qualquer bactéria ou doença que possa infectar porcos, mas esse processo é frequentemente ignorado para economizar custos.
O ministério disse que os agricultores devem garantir que todos os resíduos alimentares utilizados para suínos nas províncias não afetadas pela doença sejam aquecidos antes de serem fornecidos aos animais.
As áreas afetadas incluem as províncias de Hebei, Shanxi, Jilin, Fujian, Jiangxi, Shandong, Hubei e Shaanxi, bem como a Região Autônoma da Mongólia Interior e a cidade de Xangai. As 10 áreas sob a nova proibição mataram um total de 217 milhões de porcos em 2016, cerca de um terço do total do país.
Romênia procura ajuda na União Europeia
Enquanto isso, na Europa, o primeiro-ministro da Romênia pediu a um alto funcionário da União Europeia fundos para lidar com os efeitos financeiros de um grave surto de peste suína africana naquele país.
A Autoridade Veterinária de Saúde e Segurança Alimentar da Romênia disse em 13 de setembro que 230 mil suínos foram abatidos e que 900 surtos foram registrados em todo o país, sendo o sudeste o mais afetado.
Fonte: www.nationalhogfarmer.com