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[Silas Brasileiro] – Balanço Semanal do CNC — 22 a 27/07/2018

SILAS BRASILEIRO

Presidente-Executivo do CNC – Conselho Nacional do Café. Deputado Federal

http://www.cncafe.com.br

 

Brasil deve criar identidade para o café e ampliar negócios na Ásia

Sinalização foi dada por BSCA e Apex-Brasil com a renovação do projeto “Brazil. The Coffee Nation”, ocorrida no dia 25 de julho

Na quarta-feira, 25 de julho, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e a Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), entidade associada ao Conselho Nacional do Café (CNC), assinaram a renovação do “Brazil. The Coffee Nation”, um projeto que foca a promoção comercial dos grãos especiais brasileiros no mercado externo e reforça a imagem do produto em todo o mundo, posicionando o país como fornecedor de alta qualidade, com utilização de tecnologia de ponta decorrente da realização de pesquisas.

O presidente do CNC, Silas Brasileiro, celebra a manutenção desse convênio, que tem contribuído para a expansão do segmento brasileiro de cafés especiais. Segundo dados do projeto, a produção manteve um crescimento médio de 15% ao ano, chegando a 8,5 milhões de sacas em 2017. Nas exportações, o avanço proporcionou o embarque de 7,7 milhões de sacas e uma receita de US$ 2 bilhões no ano passado, com 170 empresas nacionais negociando com 93 países.

“São números expressivos! Além dos cafés especiais, o projeto abre portas para os frutos convencionais brasileiros, uma vez que são evidenciados os processos exclusivos de certificação e rastreabilidade adotados na produção nacional de todos os cafés, destacando a responsabilidade socioambiental e incorporando vantagem competitiva aos produtos do país”, comenta Brasileiro.

O presidente do CNC se diz satisfeito com a sinalização dos gestores do projeto de desenvolverem estratégias para a identificação da “origem Brasil” e mirarem o mercado asiático, com especial destaque para a China.

“A Ásia, no contexto do mundo cafeeiro, é um mercado jovem e que se tornou sedento pela bebida nos últimos anos. Ampliar nossos horizontes com uma identidade para o café brasileiro no continente é fundamental para consolidar a sustentabilidade do produto nacional e firmar parcerias e grandes negócios, principalmente com os chineses”, conclui.

O tempo firme que persiste sobre o cinturão cafeeiro do Brasil favorece o avanço dos trabalhos de cata, que atingem bom ritmo, recuperando parte do atraso inicial. A colheita se aproxima do fim no Noroeste do Paraná, região com os serviços mais adiantados, devendo ser encerrados no início de agosto. Nas demais áreas produtoras de arábica, esse prazo deve se estender entre o fim do próximo mês e o início de setembro. Em relação à variedade robusta, a cata deve ser finalizada já na próxima semana.

Para o presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), Silas Brasileiro, o clima seco que permanece nas origens produtoras brasileiras auxilia o bom andamento da colheita, mas começa a acender a luz de alerta para a safra 2019. “Com a previsão de chuvas significativas apenas a partir da segunda metade de setembro, temos que monitorar os efeitos que esse longo período de estiagem poderá ocasionar. O próximo ano será de safra baixa no ciclo bienal e as condições climáticas podem impactar ainda mais o rendimento”, analisa.

Em uma semana sem novidades no lado dos fundamentos, os contratos futuros do café recuaram nos mercados internacionais à medida que os trabalhos de colheita avançam no Brasil e, em menor escala, sob pressão dos picos de alta atingidos pelo dólar.

Na Bolsa de Nova York, o vencimento setembro do contrato “C” se desvalorizou em 110 pontos na semana, encerrando a sessão de ontem a US$ 1,0955 por libra-peso. Na ICE Futures Europe, o vencimento setembro do café robusta caiu US$ 40, cotado a US$ 1.643 por tonelada.

O dólar comercial subiu ontem no Brasil, recuperando parte das perdas acumuladas, seguindo a valorização externa. A ascensão sobre as divisas emergentes se deu após o acordo comercial preliminar estabelecido entre EUA e União Europeia, o que conduziu a um cenário de compras da moeda norte-americana. Ontem, o dólar foi cotado a R$ 3,7468 (queda de 0,7% na semana).

Em relação ao clima, a Somar Meteorologia informa que a passagem de uma frente fria pela costa da Região Sudeste no domingo deve gerar condições favoráveis para chuva no extremo sudeste de São Paulo. O serviço alerta, contudo, que a precipitação não será volumosa. Para as demais áreas da Região, a previsão é de tempo firme e sem risco de chuvas.

No mercado físico, os preços acompanharam a queda internacional. Apesar da recuperação do dólar ontem, os atuais níveis de preço mantêm os vendedores afastados do mercado, enquanto os compradores adquirem somente pequenos lotes específicos, o que trava os negócios.

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