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[Silas Brasileiro] – Balanço Semanal CNC — 29/10 a 10/11/2018

SILAS BRASILEIRO
Presidente do CNC – Conselho Nacional do Café. Deputado Federal
http://www.cncafe.com.br

 

CNC abriu Conferência Global de Sustentabilidade do Café

Presidente Silas Brasileiro discursou sobre a importância do sistema cooperativo nacional como importante esteio da sustentabilidade

O Conselho Nacional do Café (CNC) participou da Semana Internacional do Café (SIC), realizada de 7 a 9 de novembro, em Belo Horizonte (MG), e de uma série de eventos organizados pela Plataforma Global do Café (GCP, em inglês) durante a feira.

No dia 8, o presidente executivo da entidade, Silas Brasileiro, em discurso para aproximadamente 350 pessoas, abriu a Conferência Global de Sustentabilidade do Café 2018, considerado o maior evento mundial sobre o tema na cafeicultura.

Promovido pela GCP, a Conferência reuniu 45 palestrantes e painelistas de 15 países e de todos os elos da cadeia, para debater temas fundamentais relacionados à sustentabilidade da cafeicultura, inclusive a viabilidade econômica da atividade.

“As cooperativas que o CNC representa congregam milhares de pequenos cafeicultores e têm sido um importante esteio da sustentabilidade há décadas, oferecendo soluções inteligentes e integradas de acesso a insumos, tecnologias e serviços de assistência técnica e mercadológicos, principalmente proteção contra a volatilidade dos preços”, destacou.

Segundo Brasileiro, as atividades desenvolvidas no âmbito da GCP no país vêm somar a essa tradicional base cooperativista de suporte aos produtores de arábica e conilon “para torná-los mais eficientes, melhores gestores e mais resilientes às oscilações do mercado”.

O presidente do CNC anotou que, no Brasil, a Plataforma também desenvolve uma agenda público-privada de grande relevância, onde o Currículo de Sustentabilidade do Café (CSC), seus itens fundamentais alinhados com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU) e seus indicadores permitem avaliar a sustentabilidade das regiões produtoras.

“Cremos que seja possível, com esse trabalho, criar um processo que facilite acesso a mercados e agregue valor, assim como permita a canalização de recursos para abordar os desafios da sustentabilidade em seus âmbitos social, ambiental e, principalmente, econômico”, comentou.

Silas Brasileiro ressaltou, ainda, que o pilar econômico da sustentabilidade geralmente é o menos lembrado, embora seja o esteio das dimensões ambiental e social. “Diante disso, convidamos o comércio de café, a indústria, o varejo e a sociedade civil, todos os presentes, para dialogar com os produtores e seus representantes no evento e buscar maneiras de viabilizar a sustentabilidade econômica dos cafeicultores, sem a qual, reforço, fica muito difícil garantir a sustentabilidade ambiental e social”, pontuou.

 

CNC representará produtores no Conselho da GCP

A assessora técnica Silvia Pizzol foi eleita para ocupar um dos quatro assentos de representantes dos produtores

Foi realizada, na sexta-feira, 9 de novembro, Assembleia dos Membros da Plataforma Global do Café (GCP, em inglês), em Belo Horizonte, dentro da programação da Semana Internacional do Café (SIC). Devido ao período de rodízio dos representantes de produtores e da sociedade civil, foram aprovadas, durante a audiência, as mudanças no Conselho desse fórum.

“Na nova formatação, a assessora técnica do Conselho Nacional do Café, Silvia Pizzol, foi eleita para assumir um dos quatro assentos de representantes dos produtores no Conselho, substituindo o gerente de Sustentabilidade da Cooxupé, Alexandre Monteiro, que encerrou seu mandato de quatro anos representando com grande competência a visão dos cafeicultores no âmbito da GCP”, destaca o presidente do CNC, Silas Brasileiro.

Ele completa que a presença de Silvia se justifica em razão de sua atuante participação no processo de construção do Currículo de Sustentabilidade do Café (CSC), dos 18 itens fundamentais de sustentabilidade e dos 35 indicadores de sustentabilidade respeitando a realidade da produção cafeeira. “A experiência e a participação dela têm contribuído para que essas ferramentas sejam estruturadas e aprovadas dentro de critérios técnicos e respeitando a visão dos produtores”, explica.

Durante a Assembleia, os membros de diversos países produtores e consumidores de café também discutiram o futuro da Plataforma e a importância da existência de um ambiente propício nas regiões produtoras para que a sustentabilidade, em suas três dimensões, seja efetivamente alcançada.

“Este ambiente não está dentro das fazendas, sob o controle dos produtores, mas além dos portões das propriedades rurais e envolve, entre outros fatores, existência de órgãos de pesquisa e serviços de assistência técnica e extensão rural; estímulo à organização dos cafeicultores; e cadeia produtiva eficiente, que garanta acesso a crédito, insumos e ao mercado com alta transferência do preço FOB ao produtor”, finaliza Brasileiro.

 

Repasses do Funcafé a agentes chegam a R$ 3,736 bilhões

Volume corresponde a 75,3% do total contratado pelas instituições financeiras na safra 2018

O Conselho Nacional do Café (CNC) apurou junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) que o valor dos recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) repassados aos agentes financeiros na safra 2018, até o dia 9 de novembro, chegou a R$ 3,736 bilhões, respondendo por R$ 75,3% do total de R$ 4,960 bilhões autorizados para o ciclo atual.

“É válido destacar que, desse montante, R$ 771 milhões foram destinados às cooperativas de crédito, que potencializam a chegada dos recursos às mãos dos produtores, dando maior capilaridade ao capital do Funcafé”, comenta o presidente do CNC, Silas Brasileiro. O volume recebido pelas creds e bancos cooperativos até o momento representam 85% do total contratado por esses agentes na safra 2018, que soma R$ 1,040 bilhão.

Do volume recebido por todos os agentes até o momento, R$ 1,573 bilhão foi destinado para a linha de Estocagem; R$ 762,1 milhões ao Financiamento para Aquisição de Café (FAC); R$ 721,7 milhões para Custeio; e R$ 678,8 milhões para as linhas de Capital de Giro (R$ 319,6 milhões para Cooperativas de Produção, R$ 212,3 milhões para Indústrias de Torrefação e R$ 146,9 milhões para o setor de Solúvel).

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