SILAS BRASILEIRO
Presidente do CNC – Conselho Nacional do Café. Deputado Federal
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José Márcio Rocha assume a presidência da Coopercam
Ele sucede a Tarcísio Rabelo, que deixou um legado de excelentes serviços prestados à cafeicultura
No dia 26 de dezembro de 2018, o então presidente da COOPERCAM – Cooperativa dos Cafeicultores de Campos Gerais e Campo do Meio – entidade ligada à COCCAMIG – Cooperativa Central de Cafeicultores e Agropecuaristas de Minas Gerais, que compõe o Conselho Diretor do CNC –, Tarcísio Rabelo, comunicou ao Conselho de Administração que se afastaria do cargo para se dedicar a projetos pessoais e ficar mais próximo da família.
Em reunião extraordinária do Conselho de Administração realizada em 4 de janeiro, foi eleito o conselheiro José Márcio Rocha para a sucessão presidencial. Natural de Campo do Meio (MG), Rocha é Técnico Químico Industrial pela Escola Técnica Industrial de Química de Varginha (CETEM) e iniciou sua experiência profissional em empresas de papel e celulose, sendo, também, empresário no ramo de panificação e lanchonetes.
Retornou à cidade natal em 1981, quando deu início à produção de cana de açúcar. Logo após, começou a produzir café, milho e feijão, atividades que mantém até hoje. É associado desde 1993 e foi eleito conselheiro administrativo da COOPERCAM para a gestão 2016/2019, também constando em seu currículo a composição dos Conselhos de Administração da Capebe e da Credcam.
O presidente do Conselho Nacional do Café, Silas Brasileiro, agradece a intensa parceria que o ex-presidente da COOPERCAM sempre demonstrou junto ao CNC, o legado que deixa à cafeicultura e deseja sucesso em seus projetos pessoais.
“Tarcísio Rabelo é dotado de muita capacidade, desprendimento, inteligência, experiência, dedicação e foi um parceiro ímpar em nossa caminhada. Fomos representados, em reunião na terça-feira (15), no polo da UAB, em Campos Gerais, com a presença de cooperados e colaboradores da COOPERCAM, pelo coordenador do CNC, Maurício Miarelli, que externou todo nosso agradecimento aos notáveis préstimos do amigo Tarcísio, cuja trajetória é digna de todas as homenagens recebidas”, enaltece.
Ao tempo em que lamenta a despedida do ex-presidente, Silas Brasileiro concede boas-vindas a José Márcio Rocha, colocando o Conselho à disposição para contribuir no que for necessário.
“Lastimamos despedidas, mas a chegada de um substituto com disposição de contribuir, servir e participar é muito importante para a representação maior da produção cafeeira do Brasil, que é o CNC. E o CNC é sustentado e alcança seus objetivos através da força e do direcionamento apresentado por seus membros, que são as cooperativas. Assim, desejamos uma excelente administração ao novo presidente José Márcio e estamos abertos a suas contribuições desde já”, conclui.
Conab estima safra 2019 em até 54,5 milhões de sacas de café
Com base nas projeções de exportação e consumo interno, CNC pondera que colheita será insuficiente para honrar compromissos e estoques recuarão para níveis ainda mais baixos
A CONAB – Companhia Nacional de Abastecimento divulgou, ontem (17), seu primeiro levantamento para a safra 2019 de café no Brasil. A estatal apontou a colheita entre 50,48 milhões e 54,48 milhões de sacas de 60 kg. Se confirmados, os números representarão uma queda de 11,6% a 18,1% na comparação com as 61,7 milhões de sacas produzidas em 2018.
Segundo a previsão da Conab, a safra de arábica se situará entre 36,12 milhões e 38,16 milhões de sacas, com declínios de 19,6% a 23,9% frente à colheita antecedente, movimento puxado pela bienalidade característica da variedade. Já o conilon somará de 14,36 milhões a 16,33 milhões de sacas, com crescimento entre 1,3% e 15,2% devido às condições climáticas mais favoráveis e por não sofrer tanto os impactos do ciclo bienal de baixa.
O presidente do CNC – Conselho Nacional do Café, Silas Brasileiro, anota que, mesmo diante de um bom volume produzido, o Brasil deverá absorver toda a safra deste ano e usar parte de seus já reduzidos estoques.
“Entre exportação e consumo interno, temos uma previsão para o uso de aproximadamente 61 milhões de sacas, o que já supera as 54,5 milhões de sacas da previsão superior e indica o uso de 6,5 milhões dos nossos estoques, que já estão em níveis historicamente baixos. A safra recorde do ano passado foi fundamental nesse sentido, pois permitiu que possamos honrar nossos compromissos internos e externos”, argumenta.
De acordo com prognósticos veiculados na imprensa, o CECAFÉ – Conselho dos Exportadores de Café do Brasil acredita que os embarques do produto nacional cheguem a aproximadamente 37 milhões de sacas em 2019. Já a ABIC – Associação Brasileira da Indústria de Café projeta o consumo nacional em 23,8 milhões de sacas, o que totaliza uma demanda de 60,8 milhões de sacas na safra corrente.
Força do dólar mantém pressão sobre mercado cafeeiro
Divisa norte-americana segue cenário externo e se valoriza frente ao real, em meio à espera de novidades sobre a reforma da Previdência no Brasil
Os contratos futuros do café tiveram recuos nesta semana, sendo pressionados pela força do dólar frente a moedas como o real brasileiro, o que dificulta a valorização dos futuros.
Na Bolsa de Nova York, o vencimento março/2018 do contrato “C” encerrou ontem a US$ 1,0240 por libra-peso, com perdas de 145 pontos. Na ICE Futures Europe, o vencimento janeiro do café robusta caiu US$ 12, negociado a US$ 1.510 por tonelada.
A alta da moeda norte-americana se justifica, em parte, por um realinhamento em relação à valorização da divisa no exterior e à espera por novidades no que diz respeito à reforma da Previdência no Brasil. Ontem, o dólar comercial encerrou os negócios a R$ 3,7475, com valorização de 0,9%.
Em relação ao clima, a Somar Meteorologia prevê continuidade das instabilidades em toda a metade sul da Região Sudeste, ocasionando chuvas nos próximos dias, mas com baixos volumes. Para as áreas mais ao norte, o serviço meteorológico informa que o tempo se mantém firme e ensolarado, com as temperaturas elevadas.
No mercado físico, as cotações acompanharam as baixas internacionais na semana. Segundo o CEPEA – Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, a liquidez segue baixa, com muitos vendedores ausentes, o que limita os negócios. Os indicadores calculados pela instituição para as variedades arábica e conilon foram cotados a R$ 407,61/saca e a R$ 303,39/saca, com desvalorizações de 0,2% e 0,6% respectivamente.