Bovinos de Leite

RCC-S promove a separação do quarto infectado e ajuda a reduzir a CCS

A mastite ainda é uma das enfermidades que causa os maiores prejuízos na atividade leiteira, sendo responsável por aproximadamente 70% das perdas na produção. Produzida por bactérias e fungos, a mastite é uma inflamação da glândula mamária com potencial para atingir mais de um quarto das mamas da vaca. Os animais com mastite costumam apresentar inflamação do úbere e tetos, mudanças na composição do leite, secreção, grumos e pus, alterações no comportamento e morte, nos casos mais graves.

A enfermidade se apresenta de duas formas: a mastite clínica e a subclínica. O animal acometido apresenta queda na produção, tanto na quantidade de litros produzidos por animal, como na qualidade do leite. Em muitos casos a vaca ainda apresenta febre e apatia, sintomas que impactam diretamente no bem-estar do animal.

Existem diferentes modos para garantir a redução das perdas financeiras ocasionadas pela incidência de mastite, a principal é trabalhar com foco em prevenção e manejo seguro, como: vacinas, teste da caneca de fundo escuro, desinfecção dos tetos antes e depois da ordenha, higienização das mãos dos ordenhadores e equipamentos de ordenha, além da separação das vacas doentes para que elas não contaminem as vacas sadias.

Nessas situações, a Contagem de Células Somáticas (CCS) tem um importante papel no controle da saúde da glândula mamária de vacas de leite, uma vez que o aumento da CCS do leite é a principal causa da incidência de infecções intramámarias causadas, principalmente, por bactérias. Para auxiliar o produtor no manejo adequado e evitar desperdício, a Casa Glória Suprimentos Inteligentes traz para o Brasil o R-CCS.

Já utilizado em mercados como os Estados Unidos da América, Nova Zelândia, Holanda e Reino Unido, o produto é um separador de leite contaminado com mastite, sangue ou hemorragias, e garante que o leite sadio não tenha contato com o contaminado, pois com o RCC-S o leite não passa pelo coletor. Dessa forma, todos os tetos do animal podem ser ordenhados simultaneamente, separando os infectados para o equipamento R-CCS e aproveitando o leite dos tetos saudáveis.

“Com essa ordenha assertiva é possível garantir que o pecuarista tenha uma maior produção de leite, menores taxas de CCS no tanque, mais produtividade e menos descarte”, explica Patrícia Braga, zootecnista da empresa +Leite Soluções Zootécnicas e consultora da Casa Glória.

A separação do quarto infectado ajuda a reduzir a CCS do tanque e melhorar o preço do leite nos programas de premiação. Além disso, o produtor mantém a produção de acordo as Instruções Normativas 76 (responsável por tratar as características e qualidade do produto na indústria) e 77 (que define os critérios para a obtenção de leite de qualidade e seguro para consumo, englobando a organização da propriedade, instalações, equipamentos, capacitação dos trabalhadores e controle sistemático de mastite, brucelose e tuberculose).

Nesse cenário, o R-CCS se destaca por racionalizar a mão de obra, o tempo de ordenha e evitar a contaminação do tanque. É uma solução para os produtores que almejam por praticidade e excelência nos resultados, pois facilita a tomada de ação e evita ou diminui o uso de antibióticos na produção, visto que a relação entre a alta incidência de CCS do leite e a presença de resíduos de antimicrobianos pode ser danosa à saúde humana.

Praticidade

Desenvolvido para ser simples, prático e eficiente, o R-CCS realiza a ordenha embaixo da vaca. Por ser um galão pequeno, tem uma instalação rápida e não atrapalha a ordenha nem a movimentação dos ordenhadores.

Entre as vantagens do produto está a ordenha simultânea dos tetos sadios, economia de tempo, utilização do sistema de vácuo do animal e aproveitamento da ocitocina (hormônio natural liberado durante a ordenha que tem papel fundamental para a manutenção da lactação e descida do leite), garantindo também um maior bem-estar do animal.

Patrícia explica que geralmente o produtor realiza o teste de caneca para identificar casos clínicos de mastite. Uma vez identificada a infeção, a ordenha do teto acometido pela doença deve ser feita separadamente. Essa separação do leite saudável do leite com grumo, quando feita manualmente, demanda muito mais trabalho dos ordenhadores. O R-CCS foi projetado para se acoplar em qualquer ordenha e com manuseio fácil e prático, separa o leite com grumo e evita que ele chegue ao tanque, mantendo baixa a contagem de células somáticas.

Economia financeira e menos desperdício durante a ordenha

Utilizando o RCC-S há pouco mais de dois meses, a Fazenda São Francisco, localizada no Paraná, viu o desperdício diminuir imediatamente após o uso. Leidiane Terezinha Soares, ordenhadora da propriedade, explica que com o uso do RCC-S a principal vantagem é que o leite contaminado não chega ao resfriador e, portanto, não contamina a produção.

“Agora não precisamos jogar todo o leite ordenhado fora, descartamos apenas o leite do teto infectado, ou seja, não temos mais desperdício de leite. Além disso, diminui a CCS e evita o descarte do produto”, explica Leidiane.

 

FONTE: Glaucia Bezerra – ATTUALE COMUNICAÇÃO
glaucia@attualecomunicacao.com.br

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