Na agricultura, existe uma série de fatores impossíveis de controlar, como recentemente a nuvem de gafanhotos vinda da Argentina ou a chuva congelada na serra catarinense. Imprevistos acontecem, mas é possível estar pronto para eles. Fazer um planejamento otimizado, calculando as possibilidades e variantes, pode fazer toda a diferença na produção final. Ainda que essa vantagem não impeça os acasos, permite uma resposta rápida aos conflitos, mantendo a produtividade positiva.
Com o apoio de tecnologia embarcada para planejar a colheita, uma usina de cana-de-açúcar de Ribeirão Preto (SP) teve uma média de aumento de 1,6% no Açúcar Total Recuperável (ATR). Numa usina com moagem de 2,6MM de toneladas no ano, isso corresponde a 5.564.000 kg de ATR a mais na safra, um ganho aproximado de R$3,5 milhões.
Esse é o levantamento da divisão de Agricultura da Hexagon, desenvolvedora de soluções agrícolas e sediada em Florianópolis (SC). “O sistema possibilita a elaboração de um plano otimizado de colheita, definindo o período ideal de corte das áreas segundo critérios e restrições varietais, operacionais e logísticos”, explica o presidente da divisão, Bernardo de Castro.

“A partir da configuração de parâmetros, o gestor constrói um plano de colheita segundo suas necessidades, baseado sempre em dados fiéis à realidade do campo”, complementa, considerando: produção estimada por área; curvas de maturação; distribuição geográfica; amostragens de campo; curvas de laboratório; estratégias de colheitas e até mesmo a demanda da indústria. Feito isso, um algoritmo identifica e testa todas as soluções possíveis, recomendando um planejamento otimizado de toda a colheita. A partir desse plano aprimorado, é possível saber quando será executado o corte e o transporte de cada unidade produtiva.
Estar perto de cada etapa, monitorando os resultados com a possibilidade de reprogramar e ajustar a operação, maximiza a capacidade produtiva do campo. O planejamento traz, ainda, agilidade na simulação de diferentes cenários, dando a possibilidade de análise de ações para cada hipótese.
“Planejar é se precaver de possíveis obstáculos e se preparar ainda mais para o que a indústria busca, evitando e controlando contratempos”, completa Castro. “Acompanhar de perto a evolução da colheita garante ao gestor um tempo suficiente para reprogramação e resposta rápida a conflitos e gargalos do processo. Como resultado, isso traz ciclos cada vez mais produtivos, aumentando a qualidade do campo e a rentabilidade da empresa”, encerra o presidente.
FONTE: Letícia Lichacovski Madalozzo – DIALETTO
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