Qualidade de EPI impermeáveis fabricados no Brasil e em outros países é objeto de ensaios no laboratório avançado do CEA-IAC, em Jundiaí (SP).
Ocorreu no último dia 6, no formato online, a reunião do Grupo de Trabalho 3 (GW3), da ISO Internacional, que realiza a revisão da norma ISO 27065 (vestimentas protetivas agrícolas). Membro efetivo da entidade certificadora, o pesquisador científico Hamilton Ramos, coordenador do programa IAC-Quepia, ressalta que os principais pontos em reavaliação estão relacionados à qualidade de materiais impermeáveis, utilizados na confecção de equipamentos de proteção individual agrícolas dentro e fora do Brasil.
Resultante de uma parceria entre o Centro de Engenharia e Automação (CEA), do Instituto Agronômico (IAC), órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de SP localizado em Jundiaí (SP), e o setor privado, o programa IAC-Quepia mira o aprimoramento da segurança e da qualidade de equipamentos de proteção individual nas aplicações de agroquímicos. Ramos é também o atual diretor do CEA-IAC.
De acordo com Ramos, durante a reunião ficou definido que o laboratório avançado do programa IAC-Quepia, na paulista Jundiaí, será o responsável pelo desenvolvimento de ensaios com vistas a formar uma base técnica, um documento central, para viabilizar debates e consenso entre pesquisadores da ISO, frente às prováveis alterações da ISO 27065.
As análises em laboratório, complementa Ramos, envolvem mais de 50 diferentes materiais impermeáveis produzidos no Brasil e em outros países, entre estes 14 de fabricantes locais. “Apesar dos avanços da indústria e das normas certificadoras da ISO, não existe hoje no mundo uma base técnica robusta, tendo em vista avaliar os níveis de aceitação de tais matérias-primas, que podem ser restritivas pelo critério da precaução”, ele exemplifica.
Lavagens e ‘passadoria’
Conforme Hamilton Ramos, serão igualmente definidos no laboratório brasileiro outros pontos norteadores de prováveis alterações da ISO 27065 atrelados à durabilidade de tecidos impermeáveis, neste caso observados após processos de lavagem e ‘passadoria’ (passagem a ferro posterior a lavagens manuais ou industriais das vestimentas protetivas).
Ainda segundo o pesquisador, a base técnica em desenvolvimento para a ISO Internacional deverá ficar pronta na primeira quinzena de janeiro próximo, para ser levada à reunião do GW 3 marcada para o dia 22 do mesmo mês.