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ARTIGOSCafé

[Grupo Vittia – Samaritá] – Micronutrientes na Lavoura Cafeeira

MARCOS SILVA

Engº Agrônomo, Departamento Agronômico Samaritá – Grupo Vittia

LUIZ ANGELO MARIN

Engº Agrônomo, Departamento Agronômico Samaritá – Grupo Vittia

GRUPO VITTIA = https://www.vittia.com.br

SAMARITÁ = https://www.samaritá.com.br

 

Atualmente na lavoura cafeeira, a adubação de micronutrientes pode ser feita de duas maneiras, a aplicação via solo e aplicação via folha. Obviamente, as recomendações para tais aplicações devem seguir os conceitos técnicos devidos, respeitando-se as análises de solo e de folha.

Aplicação via solo:

Segundo Volkweiss (1991), com a aplicação de micronutrientes, via solo, busca-se aumentar sua concentração na solução, que é onde as raízes os absorvem, e assim, proporcionar maior eficiência de utilização pelas plantas. É, portanto, necessário que as fontes de micronutrientes utilizadas se solubilizem no solo no mínimo em velocidade compatível com a absorção pelas raízes e que sejam aplicadas em posição de ser por elas atingida.

Usualmente os micronutrientes são aplicados associados às formulações de NPK, porém em muitos dos casos o fornecimento destes micronutrientes não atendem as exigências da cultura. Neste caso, quando houver a necessidade de complementação, esta pode ser feita através das formulações de oxi-sulfatos (no caso de Zn, Mn e Cu) e ulexita (no caso de Boro).

Os oxi-sulfatos, possuem solubilidade parcial em água, dependendo das quantidades de H2SO4, utilizadas na solubilização dos óxidos, durante o processo de fabricação.

Uma outra prática bem utilizada para aplicação de micronutrientes via solo é a utilização de soluções concentradas, aplicada em jato dirigido junto à planta, popularmente conhecida como “drench”. Devido à sua praticidade, esta modalidade de aplicação, tem sido bem difundida, pois pode ser associada a outros produtos no manejo do cafeeiro.

Aplicação via folha

A prática da adubação foliar é bem difundida entre os produtores e a busca por produtos cada vez mais confiáveis e de boa aplicabilidade, tornam esta modalidade de aplicação mais promissora quanto aos resultados esperados. Porém, o posicionamento de cada nutriente a ser aplicado, a pesquisa acadêmica e recomendação técnica através de profissionais especializados  são de fundamental importância para a difusão da nutrição foliar.

Sem uma boa orientação técnica pode-se errar por excesso ou inanição de algum nutriente, tendo como consequência quedas de produtividades e eventuais prejuízos. As análises de solo e folhas, assim como a dignose visual, são extremamente importantes quando da recomendação de adubações, sejam elas via solo ou via foliar. Outra informação importante quando do uso de adubos foliares é ater-se a compatibilidade com outros produtos e o pH da calda de pulverização.

As folhas das plantas têm capacidade de absorver os nutrientes depositados na forma de solução em sua superfície. Essa capacidade originou a prática da adubação foliar, em que soluções de um ou mais nutrientes são aspergidas sobre  as folhas das plantas (Volkweiss, 1991). Para Boareto e Rosolem (1989), a adubação foliar com micronutrientes é um recurso efetivo e econômico no controle de deficiência em cafeeiro.

O conceito de pulverização inclui a formação de uma película muito fina sobre o maior número de folhas, sem deixar escorrer a calda. É neste contexto que podemos afirmar que a adição de  adjuvantes na calda de pulverização, com o objetivo de melhorar a performance da aplicação, tem contribuído positivamente para aumento da eficiência da aplicação foliar.

Em comparação com as aplicações via solo, a adubação foliar apresenta as seguintes vantagens e desvantagens (Lopes, 1999):

 Vantagens:

  • Alta eficiência de utilização, pelas plantas, dos micronutrientes aplicados nas folhas em relação à aplicação via solo.
  • As doses totais de micronutrientes são, em geral, menores.
  • As respostas das plantas são rápidas, sendo possível corrigir deficiências após o seu aparecimento, durante a fase de crescimento das plantas (adubação de salvação), embora, em alguns casos, os rendimentos das culturas já possam estar comprometidos (Volkweiss, 1991).
  • É uma das formas mais eficientes de fornecimento de Fe em solos com pH neutro ou alcalino.
  • É a forma mais eficiente de fornecer Zn em solos muito argilosos (Rena & Fávaro, 2000).

Desvantagens:

  • A menos que possam ser combinadas com tratamentos fitossanitários, os custos extras de múltiplas aplicações foliares podem ser altos. (Mas, em muitos casos, não se necessita de tantas aplicações assim).
  • O efeito residual é, em geral, muito menor do que nas aplicações via solo.
  • Além de problemas de incompatibilidade, a presença de um nutriente na solução pode afetar negativamente a absorção de outro, principalmente nas soluções multinutrientes.

Dentre os micronutrientes, as aplicações foliares de B, Zn e Mn são comumente utilizadas. Para o cobre as pulverizações normais com fungicidas cúpricos, usados contra ferrugem, controlam, também eventuais carências desse micronutriente. No tocante aos fertilizantes foliares, há formulações com altos teores de cobre, que além de corrigir a deficiência deste nutriente, tem ainda, ação protetiva, auxiliando na proteção dos cafeeiros.

A nutrição mineral de plantas, dentro dos fatores de produção, ocupa um lugar de destaque nas mais diversas culturas, e o manejo dos micronutrientes, de maneira eficiente, tem contribuído para elevar a produtividade das culturas.

A Samaritá, sempre em busca de tecnologias que contribuam para a máxima eficiência da nutrição mineral de plantas, disponibiliza em seu portfólio, soluções para o fornecimento de macro e micronutrientes, tanto para aplicação via solo, como via foliar, além de produtos que contribuem para a melhoria da tecnologia de aplicação das caldas de pulverização.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

BOARETTO, A.E.; ROSOLEM, C.A. (coords). Simpósio Brasileiro de Adubação Foliar 2, Campinas, 1987. Anais…Campinas. Fundação Cargill, 1989. 669p.

LOPES, A.S. Micronutrientes: filosofias de aplicação e eficiência agronômica. São Paulo – ANDA, 1999. 58p. (Boletim Técnico, 8).

MALAVOLTA, E. Manual de química agrícola – Adubos e adubação. 3a ed. São Paulo, Ceres, 1981. 596p.

RENA, A.B. & FÁVARO, J.R.A. Nutrição do cafeeiro via folha. In: ZAMBOLIM, L. (ed.) Café: produtividade, qualidade e sustentabilidade. UFV, Viçosa-MG, 2000. 396p.

VOLKWEISS, S. J. Fontes e métodos de aplicação. In: SIMPÓSIO SOBRE MICRONUTRIENTES NA AGRICULTURA, 1988, Jaboticabal. Anais…Piracicaba, POTAFOS/CNPQ, 1991. P. 391-412.

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