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Gestão e boas práticas na colheita são fundamentais para mais lucratividade

Dados da pesquisa apontam que o custo de uma lavoura de café gira em torno de 20 a 22 sacas por hectare. Deste número, a colheita representa de 30% a 40% do custo de produção, isso justificado pela demanda elevada de mão de obra, principalmente em áreas que não há mecanização, como é o caso em boa parte do Paraná, com foco grande na agricultura familiar e os investimentos em máquinas para a cultura ainda são um gargalo.

Neste cenário, a Embrapa Café aponta que é imprescindível que as atividades relacionadas à colheita sejam planejadas para reduzir os custos e permitir que o café colhido atinja o máximo do seu potencial de qualidade, tendo assim maior valor agregado e cresça o leque de opções na comercialização.

Assim, para realizar a colheita com mais eficiência, é recomendável a adoção das seguintes boas práticas agrícolas e de gestão:

  • verificar instalações, equipamentos, materiais e pessoal necessários para a colheita;
  • manter as plantas daninhas controladas sob as copas dos cafeeiros, facilitando a colocação dos panos de colheita;
  • se for o caso, programar o início da colheita dos talhões com maturação dos frutos mais precoces, e depois colher os frutos médios e tardios;
  • vistoriar a colheita para impedir excessos no arranquio de folhas, quebra de ramos e permanência de frutos na planta;
  • transportar no mesmo dia o café colhido para o processamento e/ou secagem, evitando amontoar ou deixar o café secar na lavoura;
  • e efetuar o repasse, recolhendo frutos que ficaram na planta ou no chão após a colheita, evitando o desenvolvimento da broca-do-café na lavoura e sua futura infestação.

A cultura do café é diferente de outras. Quando inicia a colheita, é que o negócio pega. Os tratos culturais enquanto a planta está vegetando são mais tranquilos”, explica o analista da EMBRAPA Café, Rogério Teixeira.

Com relação especificamente à qualidade do café, deve-se considerar que a colheita com máximo de frutos maduros é um fator que determina o potencial de qualidade, pois os grãos com desenvolvimento pleno contêm mais sólidos solúveis e açúcares que agregam atributos sensoriais positivos à bebida. Estas características são favoráveis para que, durante o processo de torra dos grãos, ocorram reações físico-químicas necessárias para a obtenção de características desejáveis de aroma, sabor, acidez, corpo e doçura.

Vale destacar também que diferentes operações de colheita são executadas de acordo com a mecanização adotada – ou a ausência dela – na lavoura cafeeira. Quando não há mecanização da colheita, a derriça do café é feita manualmente.

Nesse caso, os custos são mais elevados e, em algumas regiões, podem inviabilizar tal sistema de produção. A colheita é considerada mecanizada quando são utilizadas colhedoras automotrizes e tracionadas, as quais reduzem significativamente o custo com mão de obra. No entanto, essa opção exige investimento significativo do cafeicultor e não pode ser utilizada em lavouras com topografia muito inclinada, especialmente em regiões montanhosas.

“Como o café se trata de uma cultura perene, é preciso erradicar as lavouras (antigas) para começar a mecanizada. Vale dizer também que a partir daí toda a logística muda, recepção, secagem, beneficiamento, já que o tempo gasto (na colheita) é ¼ do que gastaria com a manual. Já existem locais no Brasil Central que se colhe 24 horas por dia.” (V.L.)

Fonte: Folha de Londrina

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