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Frete para leite aumenta até 150%; custo do produto cresce 6%.

A nova tabela do frete provoca reajuste de até 150% no transporte. O efeito no custo de produtos lácteos pode ir de 2% a 6%, alerta a Viva Lácteos (Associação Brasileira de Laticínios). O tabelamento foi aprovado pelo Governo Temer após a paralisação dos caminhoneiros, ocorrida em maio.

O transporte rodoviário de cargas é o principal meio de escoamento da produção de produtos lácteos, o que faz o custo das indústrias aumentar significativamente com o estabelecimento de tabelamento de preços obrigatório, segundo a entidade.

A Viva Lácteos estima que o transporte corresponda de 8% a 20% do custo final do leite e derivados, dependendo do tipo de produto industrializado (perecível ou não), das distâncias a serem percorridas em toda cadeia, das características regionais e do tipo de veículo.

O tabelamento do frete em vigor tem gerado distorções significativas, com altas no transporte que variam de 10% a 150% quando comparado ao praticado anteriormente no mercado. A consequência é o aumento de preços ao consumidor, com impacto direto na inflação.

“A Viva Lácteos é contraria a qualquer tipo de tabelamento no frete. Ele representa a cartelização do transporte rodoviário de cargas e os valores em vigor estão muito acima dos praticados no mercado. Essa política é desastrosa à medida que inibe a busca pela eficiência produtiva, a inovação tecnológica e a competitividade, provocando a elevação no custo total do leite e derivados”, destaca o diretor executivo da Associação, Marcelo Martins.

Segundo o executivo, a medida impacta o Brasil como um todo. Dados do último Censo Agropecuário do IBGE de 2017 registram que a produção de leite é realizada em 1,17 milhão de propriedades. Além disso, considerando um mínimo de dois trabalhadores atuando continuamente por propriedade e os contratados nas indústrias e cooperativas, esse segmento gera, pelo menos, 3 milhões de postos de trabalho permanentes.

Do ponto de vista econômico, o setor de laticínios está na segunda posição em faturamento, fechando 2017 com R$ 70,2 bilhões, segundo a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia), atrás apenas dos derivados de carne.

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