No meio cientifico são comuns pesquisas e discussões a respeito da dor. Antigamente acreditava-se que a dor estava relacionada com a evolução da espécie e que os animais, por serem menos evoluídos, não sentiam dor ou possuíam menos sensibilidade a mesma. Procedimentos clínicos e cirúrgicos eram feitos sem analgesia, provocando intensa dor e desconforto e em alguns casos até a morte (Borja, 2008).
Dentre as várias definições de dor, Sternback (1968) a definiu como: “Uma sensação pessoal e particular de sofrimento físico; um estímulo nocivo que indica lesão ou dano tecidual atual ou eminente; um padrão de respostas que atua para proteger o organismo contra o dano”, enquanto que a Associação Internacional de Estudo da Dor definiu a dor como: “Uma experiência emocional e sensitiva desagradável associada a uma lesão real ou potencial de um tecido”.
É importante ressaltar que existem diferenças quanto a tolerância a dor, sendo que em equinos são altamente sensíveis, com baixo limiar a dor somática e visceral. A dor somática é denominada como aquela ocasionada em decorrência a lesões, traumatismos ou isquemias, já a dor viceral é causada por distensão ou estiramentos dos órgãos internos (vísceras).
A dor em equinos
O maior exemplo da causa de dor somática em equinos, principalmente nos animais atletas, são as afecções locomotoras, caracterizadas principalmente pela claudicação. Outros sinais da dor somática característico das enfermidades locomotoras são: alterar o peso entre os membros, reflexo de proteção do membro, distribuição anormal do peso entre os membros, relutância em andar, inquietação, entre outros (GOODRICH, 2008; WAGNER, 2010; ASHLEY et al., 2005; PRICE et al., 2003; JONES et al., 2007).
Em equinos, as enfermidades de origem gastrintestinal, como a cólica por exemplo, são as principais responsáveis pela dor visceral. Os estímulos mecânicos, isquêmicos, químicos e térmicos nessas vísceras gastrintestinais são responsáveis por causar fortes dores abdominais difusas e mal localizadas (ROBERTSON e SANCHEZ, 2010; MEINTJES, 2012; CERVERO e LAIRD, 1999).
Embora a dor seja uma forma de alerta de algum acometimento orgânico, independente da origem, somática ou visceral, ela é prejudicial ao animal, podendo inibir as funções gastrintestinais e reduzir o apetite. A dor ainda pode provocar alterações na frequência cardíaca e respiratória, além de desequilíbrios nos níveis séricos de catecolaminas, beta-endorfinas e cortisol (FLECKNELL, 2008; DRIESSEN e ZARUCCO, 2007; RAEKALLIO et al., 1997; PRITCHETT et al., 2003; PRICE et al., 2003; BUSSIÈRES et al., 2008; GRAUBNER et al., 2010).
Tratamento
Como forma de combate a dor e a inflamação, pode ser administrado anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs), que possuem efeitos analgésicos, antipiréticos e anti-inflamatórios. Os AINEs são fármacos que combatem as consequências negativas da inflamação através inibição das enzimas cicloxigenases (WEISSMANN, 1991).
A sugestão da J.A Saúde Animal para o combate da inflamação e da dor em equinos é o uso do Prador, anti-inflamatório não esteroidal inovador, sendo o único do mercado à base de Meloxicam e Dipirona. A associação sinérgica desses dois princípios promove excelente ação anti-inflamatória, analgésica e antitérmica, além de alta segurança gastrintestinal, ideal quando no uso de terapias prolongadas nessa espécie.
FONTE: Blog da J.A. Saúde Animal