Estão abertas as inscrições para o principal concurso de qualidade de cafés especiais do mundo. Os produtores de grãos por via úmida, que são os cerejas descascados e ou despolpados/desmucilados, podem enviar suas amostras ao Cup of Excellence Brazil 2018 – Categoria Pulped Naturals até o dia 4 de setembro. Já os produtores de cafés naturais devem encaminhar seus lotes para o Cup of Excellence Brazil 2018 – Categoria Naturals – até o dia 11 do mesmo mês.
A competição é desenvolvida em parceria por Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e Alliance for Coffee Excellence (ACE).
O engenheiro agrônomo da Emater em Carlópolis (PR), Otávio Oliveira da Luz, relata que os paranaenses do Norte Pioneiro devem enviar alguns lotes para a competição. “No ano passado, alguns produtores de Joaquim Távora ficaram bem classificados”, relembra ele.
Neste ano, o pessoal também se prepara para o Concurso Café Qualidade Paraná, com lotes que podem ser encaminhados até setembro. O encerramento da competição acontece no dia 31 de outubro, em Pinhalão (PR). Há também outros concursos que estão surgindo, inclusive um promovido pela marca 3 Corações, com foco apenas em mulheres.
Se o café da região, quando commodity, é comercializada na casa dos R$ 400 a R$ 450 a saca, o engenheiro da Emater explica que o valor de pelo menos R$ 200 a mais quando se trata de uma saca especial. “[Por todo o trabalho], é preciso vender a R$ 800 para compensar. Vejo que o pessoal tem vendido a R$ 1 mil a R$ 1,6 mil a saca.”
Ele relata que em Jacarezinho (PR) existe uma exportadora chamada Capricornio Coffees, que recentemente enviou para a Austrália 170 sacas de cafés especiais produzidos por mulheres, aproveitando a onda da qualidade da região e respeito ao trabalho do gênero feminino. “Através do Grupo Olam, uma grande exportadora, também comercializamos 200 sacas de café para a Mitsubishi. Um grupo da empresa do Japão inclusive vai estar na região para visitar propriedades de Pinhalão (PR) e Carlópolis (PR) que produziram esse café.”
Fonte: Folha de Londrina