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CAFÉ/CEPEA: Indicador do café robusta atinge recorde real da série histórica do Cepea

Os preços do café robusta estão em movimento de alta desde o último trimestre do ano passado, conforme mostra levantamento do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP. Nessa quarta-feira, 27, o Indicador CEPEA/ESALQ do café robusta tipo 6, peneira 13 acima, fechou a R$ 955,19/saca de 60 kg, o maior valor real da série histórica do Cepea para a variedade, iniciada em novembro de 2001 (os dados foram deflacionados pelo IGP-DI de fevereiro/24). A alta no preço do robusta somente em março é de expressivos 13,61% (ou de 114,44 Reais/sc).

Segundo pesquisadores do Cepea, os valores do robusta têm sido impulsionados sobretudo pela maior demanda internacional pela variedade brasileira. Compradores externos têm se deslocado ao Brasil, diante de problemas relacionados à produção e também ao escoamento da safra do Vietnã, que é o maior produtor de robusta do mundo. Além disso, produtores do país asiático têm vendido de forma mais cadenciada seu produto. Ressalta-se, ainda, que a Indonésia, terceira maior produtora de robusta, também enfrenta dificuldades no campo.

De fato, dados do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil) indicam que os embarques de robusta em janeiro e em fevereiro de 2024 somaram expressivos 1,03 milhão de sacas, seis vezes a mais que o volume escoado no mesmo período do ano passado.

CAI DIFERENÇA ENTRE PREÇOS DE ARÁBICA E ROBUSTA
Já os preços do arábica seguem relativamente estáveis ao longo deste ano. Em março, o Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6, bebida dura para melhor, opera na casa dos R$ 1.000/saca. Diante disso, a diferença entre os valores médios do robusta e do arábica tem se aproximado.

Nesta parcial de março (até o dia 27), o Indicador CEPEA/ESALQ do robusta registra média de R$ 889,59/sc e o do arábica, de R$ 1.013,09/sc, resultando em diferença de 123,50 Reais/sc. No mesmo mês do ano passado, a diferença era de expressivos 458,38 Reais/sc.

A diferença na média mensal atual, inclusive, é a menor desde junho de 2019. Naquele ano, vale lembrar, os preços de ambas variedades recuaram, mas os do arábica caíram com um pouco mais de intensidade, resultando em aproximação entre as médias.

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