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ARTIGOSMeio Ambiente

[Francisco Jardim] – Agricultura é sinônimo de preservação

Francisco Jardim

Secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
www.agricultura.sp.gov.br

Comemoramos no dia 5 de junho o Dia Mundial do Meio Ambiente. Na Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, celebramos a data com orgulho porque temos certeza de que caminhamos na direção correta para unir conservação da natureza com aumento de produtividade e geração de renda.

Orientados pelo governador Márcio França, desenvolvemos iniciativas como o Plano Estadual de Mitigação e de Adaptação às Mudanças Climáticas Para a Consolidação de Uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura (Plano ABC-SP). O Governo do Estado já desenvolve as ferramentas para a aplicação desta iniciativa tão importante.

Compromisso assumido pelo Brasil durante a COP-21, a conferência do clima, em Paris, em 2015, o Plano prevê uma s érie de ações que objetivam diminuir a emissão de carbono na produção agropecuária, em consonância com a tendência mundial de conservação, e adaptar o agro às mudanças climáticas causadas pelo efeito estufa.

Em São Paulo, ele é executado pela Secretaria de Agricultura, em parceria com outras cinco secretarias paulistas, entidades de representação e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Este compromisso é para valer. Ele se desdobra em várias iniciativas para as quais o governo de Márcio França, por meio da nossa Secretaria, já oferece as ferramentas necessárias. Um exemplo é a lista de 10 linhas de financiamento do Fundo de Expansão do Agroneg ócio Paulista – o Banco do Agronegócio Familiar (Feap/Banagro).

Com elas, o homem do campo poderá executar as ações do Plano como recuperação de áreas degradadas por erosões, Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), nascentes e matas ciliares, plantio direto na palha, floresta, sementes e mudas, pecuária de leite e desenvolvimento regional sustentável.

Desenvolvemos também o Boletim Técnico “Recomendações Gerais para Conservação do Solo e Água na Cultura de Cana-de-açúcar”, com atualizações na legislação, nos conceitos de classificação varietal e nas práticas do segmento da cana elaborada por um grupo técnico da Pasta.

Nossa preocupação com os recursos hídricos inclui também financiamentos que proporcionam a troca de equipamentos de irrigação. O produtor que quer modernizar sua maneira de irrigar, tornando-a mais eficiente e ambientalmente correta, conta com linha de financiamento do Feap.

O produtor pode também contar com as tecnologias de controle biológico como os ácaros-predadores do Instituto Biológico, que combatem o ácaro-rajado – um dos principais problemas na cultura de flores ornamentais. Estudos que resultam ainda em carrapaticidas à base de alecrim, como desenvolvido pela nossa Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta). É uma alternativa sustentável ao uso de produtos químicos, que deixam resíduos no leite e na carne a serem consumidos pela população.

Para o uso adequado de agroquímicos, desenvolvemos o Programa Aplique Bem, do Instituto Agronômico (IAC), que em uma década treinou mais de 58 mil trabalhadores rurais, gratuitamente, para a realiza ção de aplicação de agroquímicos de acordo com as normas de segurança. Foram quase 900 municípios, em 22 Estados e no Distrito Federal. Também em sete países: Burkina Faso, Costa do Marfim, Colômbia, Gana, Mali, México e Vietnã.

Ainda preocupados com o uso de agroquímicos, apoiamos o Projeto Campo Limpo, realizado pelo Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inPEV), que é o órgão responsável pelo sistema de recolhimento das embalagens destes produtos no País. Promovemos a conscientização da população nas escolas e no campo sobre a adequada gestão de resíduos na zona rural.

São os cuidados que levaram nosso Estado a ser recordista no preenchimento do Cadastro Ambiental Rural (CAR), que chegou a quase 100% do território paulista. Já estamos também preparados para fazer o Programa de Regularização Ambiental (PRA).

Este é um momento propício para mostrar que a agricultura está incorporando cada vez mais noções de sustentabilidade. Isso é estratégico para o futuro da agricultura, tanto para manter solo e água com qualidade, como para cumprir uma exigência da sociedade: incorporar esse conceito nos métodos de trabalho, produção e comercialização.

Estes são todos exemplos de uma nova agricultura. Pujante, dinâmica, tecnológica, produtiva e amiga da natureza.

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